LEGISLATIVO: Deputados querem proibir financiamentos do BNDES no exterior

Foto divulgação

Em 2023, deputados já apresentaram 4 projetos que proíbem o financiamento de obras pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em outros países. É o caso do PLP (Projeto de Lei Complementar) 1/23, que modifica a Lei 5.662/71, que enquadrou o antigo BNDE, atual BNDES, como empresa pública.


“Nesses casos, o contribuinte brasileiro acaba sendo penalizado, pagando por uma obra que não beneficiou diretamente o País”, afirmou o autor da proposta, deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE), na justificativa que acompanha o texto.


Remessas ao exterior


Na mesma linha, o PLP 10/23, do deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP), altera, entre outras normas, a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e a Lei 4.131/62, que trata das remessas, por quaisquer empresas públicas, de valores para o exterior.


“Foram oferecidas generosas linhas de crédito, em geral por meio do BNDES, a países completamente insolventes e com péssimo desempenho econômico”, criticou Kim Kataguiri.


“Espero dar fim ao nefasto hábito de emprestar dinheiro com base em critérios ideológicos, em detrimento de critérios técnicos”, disse.


Recursos do Tesouro


Já o PLP 13/23, da deputada Greyce Elias (Avante-MG), proíbe o uso de recursos do Tesouro Nacional, por meio de bancos públicos, em financiamentos a projetos no exterior, bem como transferências voluntárias ou eventual concessão de subsídio, aval ou garantia. O texto altera a Lei de Responsabilidade Fiscal.


“Foi anunciado que o Brasil, por meio do BNDES, voltará a financiar projetos de engenharia em outros países”, afirmou Elias.


“É um equívoco destinar recursos brasileiros a obras e empreendimentos em outros países enquanto a infraestrutura nacional necessita urgentemente de investimentos”, disse a deputada.


Limites


Por sua vez, o PLP 22/23, do deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), estabelece critérios para a concessão de crédito pelo BNDES com vistas a financiar a execução de projetos no exterior.


Pela proposta, só poderão receber recursos os países com classificação de grau de investimento, atribuída por pelo menos duas agências de classificação de risco de crédito com atuação e renome internacionais.


Além disso, o texto proíbe a concessão de recursos a países que tenham falhado em suas obrigações de crédito nos últimos 5 anos.


Tramitação


As propostas ainda serão despachadas para análise das comissões permanentes e do Plenário da Câmara dos Deputados.

Texto do Poder 360 com informações da Agência Câmara de Notícias.

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