Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O
Conselho Nacional de Justiça vai julgar, na próxima terça-feira (28/2), três
reclamações disciplinares contra o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal
Federal do Rio de Janeiro e responsável pelos processos da finada "lava
jato".
Bretas
é investigado por infrações na condução de processos da franquia fluminense da
“lava jato”. Caso punido, pode ser afastado do cargo.
Um
dos pedidos foi feito pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil, com base em reportagem da revista Veja segundo a qual Bretas
negociou penas, orientou advogados e combinou estratégias com o Ministério
Público. A publicação se baseou em delação do advogado criminalista Nythalmar Dias Ferreira Filho.
Segundo
a OAB, Bretas violou deveres de imparcialidade, tratamento urbano com as
partes, entre outros previstos no artigo 35 da Lei Orgânica da Magistratura
Nacional, culminando, inclusive, em desrespeito às prerrogativas dos advogados.
O
segundo processo foi ajuizado pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que
aponta condução de um acordo de colaboração premiada baseado apenas em
informações repassadas por terceiro, cujo intuito, segundo ele, era favorecer a
candidatura de Wilson Witzel ao governo estadual em 2018.
As
informações foram, também, divulgadas pela revista Veja. O caso trata da
delação premiada de Alexandre Pinto, ex-secretário municipal de Obras do Rio,
que envolveu Paes em um esquema de propinas no plano de infraestrutura das
Olimpíadas de 2016. Ele chegou a admitir que não estava presente no
momento em que Paes teria acertado um pagamento à construtora Odebrecht.
A
defesa do atual prefeito do Rio pediu acesso ao material da delação, mas Bretas
alegou sigilo do caso e negou. Mesmo assim, alguns trechos do depoimento
vazaram. À época em que a delação veio à tona, Paes liderava as pesquisas de
intenção de voto para o governo do Rio. Porém, ao fim, Witzel foi eleito.
A terceira reclamação disciplinar foi ajuizada pela própria Corregedoria Nacional de Justiça, a partir de correição extraordinária determinada pelo corregedor, ministro Luis Felipe Salomão. A sessão do CNJ está marcada para as 14h de terça-feira.
Com informações da Revista Consultor Jurídico
Reclamação
disciplinar 0004278-39.2021.2.00.0000
Reclamação disciplinar 0006499-58.2022.2.00.0000
Reclamação disciplinar 0007861-95.2022.2.00.0000
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