Foto divulgação
Integrantes
dos legislativos em 22 Estados e no Distrito Federal aumentaram os próprios
salários. As mudanças foram aprovadas em dezembro de 2022. Passaram a valer em
janeiro de 2023.
Os
vencimentos são de R$ 29.469,99 a partir de janeiro de 2023. Eram R$ 25.322,25
em dezembro. Só Alagoas, Amapá, Pará e Rio não tiveram aumento dos salários dos
deputados.
Haverá
alta escalonada em 3 novas parcelas até 2025. Em abril, passam para R$
31.238,19; em fevereiro de 2024, para R$ 33.006,39. E para R$ 34.774,64, em fevereiro
de 2025. Seguem o parâmetro da Câmara federal. O Amapá aprovou aumento
ligeiramente inferior.
A Constituição brasileira diz que o deputado estadual deve ganhar no máximo 75% do que recebe o federal. Quando o Legislativo federal tem reajuste, os estaduais correm para aprovar leis e também elevar os próprios salários. Tramitação em 2 Estados
Dos
4 Estados que não tiveram aumento ainda, há 2 com mudança em tramitação: Rio e
Piauí. No Rio, a votação do orçamento estadual, que deveria ter sido em
dezembro, foi adiada por causa do grande número de emendas.
Em
Alagoas, não houve tentativa de aumento. Segundo o deputado estadual Bruno
Toledo (MDB), foi uma ação da Assembleia e do governo estadual. “Nossa
decisão foi uma política de Estado contra aumento de gastos“, disse.
Análise
O
aumento da decisão das Assembleias Legislativas torna difícil segurar uma
escalada de despesas em todos os Estados.
O
custo extra de salários dos deputados estaduais já não é pequeno: R$ 259
milhões em 3 anos. Mas o total será muito maior. Os outros funcionários
públicos se sentirão no direito de reivindicar aumento também.
Os
políticos brasileiros agem como parte de uma nobreza para a qual benefícios não
têm limites. Em alguns anos, de fato, evitaram aumentos. Mas citam isso por
mera conveniência, escolhendo recortes históricos que no final não escondem a
realidade: benesses são cada vez maiores.
Muitos defendem a meritocracia como forma de governar e cobrar a população. Mas não é como eles querem ser avaliados. Aqui não se trata de mérito, mas sim de uma pretensa nobreza entorpecida pelo grande ativo da democracia: o voto.
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