Dos
37 ministros do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT), 7 se manifestaram a favor do impeachment de Dilma
Rousseff (PT) em 2016. O vice-presidente e ministro da
Indústria, Geraldo Alckmin (PSD), foi um deles. Também Marina
Silva (Meio Ambiente) e Simone
Tebet (Planejamento).
O
levantamento do Poder360 se baseia em declarações ou posicionamentos
dos integrantes do governo desde a abertura do processo em 2015 até a deposição
da petista em dezembro de 2016.
MINISTROS
A FAVOR DO IMPEACHMENT
Geraldo
Alckmin – vice-presidente e ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio
Em
2015, Alckmin se mostrou contrário ao afastamento imediato de Dilma do cargo,
mas avaliou como “correta” a articulação do PSDB para abrir ação penal
contra a ex-presidente pelas chamadas “pedaladas fiscais”. A declaração se deu no jornal Folha de S.Paulo.
Já
em março de 2016, o ministro se juntou ao ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso (PSDB) em pedido pelo impeachment de Dilma. Disse
concordar em “gênero, número e grau” com o protocolo de deposição.
Ao
fim do processo, o então governador do Estado de São Paulo se mostrou mais uma
vez favorável ao processo contra a petista.
“O
impeachment consolida o processo democrático e abre perspectivas para o País.
Ele vira a página para, rapidamente, se fazer reformas e ganhar confiança. […] Não
concordo, de jeito nenhum, de que o impeachment é um golpe”, afirmou Alckmin em
entrevista ao Estadão.
Simone
Tebet – ministra do Planejamento
A
ministra do Planejamento ocupava o cargo de senadora durante o processo de
impeachment. Afirmou que o processo era necessário para a retomada do
crescimento econômico e criação de empregos.
“Pois
eu afirmo com convicção, processo do impeachment é previsto na Constituição. E
este, em especial, não é golpe. Ele é constitucional. Ele foi regido nos mais
amplos princípios constitucionais da ampla defesa, do contraditório e do devido
processo legal. Mas mais do que isso, ele é democrático. O que só estamos vendo
aqui não é golpe, é democracia”, disse em
plenário.
Tebet
está na lista dos 61 senadores que votaram pela cassação do mandato de
Dilma Rousseff no plenário da Casa, em 30 de agosto de 2016.
“Pelos
crimes de responsabilidade fiscal cometidos pela senhora presidente da
República no ano de 2015, mas principalmente pelas consequências nefastas a
esta e às futuras gerações que pagarão essa conta, fruto dessa
irresponsabilidade fiscal. Por todo o mal que causou e está causando à
população brasileira, eu voto a favor do impeachment da senhora presidente da
república. Mas mais do que tudo, voto na esperança. Na esperança de melhores
dias”, disse.
Marina
Silva – ministra do Meio Ambiente
Fundadora
da Rede
Sustentabilidade, pediu que os congressistas de seu partido votassem a
favor do impeachment. “Minha posição é que o partido decida pela
admissibilidade do impeachment e a liberação da bancada no voto no plenário”,
falou em uma palestra em Chicago. A notícia é do Estadão.
Em entrevista ao Poder360 em 2017, Marina
afirmou que havia legalidade no processo. Entretanto, disse que o impeachment
não traria os resultados esperados “porque chapa Dilma-Temer são faces da
mesma moeda”.
Na
época, Marina ainda tinha relações abaladas com o PT depois que ela disputou a
Presidência com Dilma em 2014. Enquanto candidata, a ministra foi alvo de uma
forte campanha de desconstrução de sua candidatura. Era dito que o brasileiro
passaria fome caso o Banco
Central viesse a ser autônomo.
José
Múcio – ministro da Defesa
José
Múcio era ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) durante o governo
Dilma e recomendou a reprovação das contas da ex-presidente em relatório
encaminhado ao Congresso Nacional.
Múcio
indicou 23 irregularidades nas contas da petista, com R$ 260 bilhões em valores
questionados. Dilma teve 30 dias para responder aos questionamentos do TCU e
do MP (Ministério
Público).
“Constatou-se
novamente concessão de crédito das entidades financeiras e ficou caracterizada
a ocorrência de refinanciamento da dívida. Em 2015, a União incorreu em novas
operações de crédito irregulares com essas instituições, reproduzindo o que foi
feito anteriormente”, disse em relatório publicado pela Agência Brasil.
Ao
falar sobre o processo de impeachment, o ministro da Defesa afirmou ao Pragmatismo Político que “tudo começou com uma crise
de temperamento” de Dilma.
“Foi
vaidade, foi soberba, foi falta de humildade, excesso de autoridade. Qualquer
político ali, Lula, por exemplo, diria: ‘Fiz para não interromper os programas
sociais. E vou pagar.’ Pronto, estava resolvido. ‘Vou consertar’. Mas ela
resolveu enfrentar a área técnica da controladoria do governo. E deu no que
deu”, afirmou.
Carlos
Fávaro – ministro da Agricultura e Pecuária
Ainda
em 2015, como vice-governador de Mato Grosso, apoiou as manifestações populares
pela cassação de Dilma. “É um governo de mentira e os brasileiros precisam
tomar uma posição. Tenho certeza que a força do povo pode fazer acontecer. Se
os brasileiros forem para as ruas, [a deposição] será inevitável”,
disse Carlos Fávaro, ao site Só Notícias.
O
ministro da Agricultura e Pecuária chegou a viajar a Brasília para acompanhar a
votação do impeachment. “Não é golpe, é um ato de democracia previsto na
nossa Constituição. Este processo é totalmente legítimo respaldado pela nossa
Carta Magna. E a população está atenta a isso, sabe e conhece a verdade e as
leis do nosso país. Dizer que isso é golpe é um discurso fácil e
desesperado.”, disse, em reportagem doOlhar Direto.
André
de Paula – ministro da Pesca
Votou
a favor do impeachment de Dilma Rousseff como deputado federal (PSD-PE). Em
plenário, André de Paula discursou por 33 segundos.
“Pelo
pernambucanos e de forma especial pelos 100.785 [eleitores] que me
honraram com a sua representação política nessa Casa. Fazendo aqui a merecida
homenagem a 3 grandes parlamentares pernambucanos Raul Jungmann, [Carlos
Eduardo] Cadoca e Fernando Monteiro, que se estivessem na condição de
titular, votariam como eu vou votar. Pela ética na política, pela decência, por
Pernambuco e pelo Brasil, sim.”
Juscelino
Filho – ministro das Comunicações
Juscelino
Filho (DEM-MA) também era deputado federal em 2016 e votou pela
cassação do mandato de Dilma Rousseff em plenário.
“Pela
minha família, pelos meus amigos e colegas médicos, pelo povo do meu querido
Estado, o Maranhão, que me deu a oportunidade de representá-lo hoje neste
momento histórico, em especial pela minha querida Santa Inês e por Vitorino
Freire, por um futuro melhor para o nosso Brasil, meu voto é sim.”
SEM
POSICIONAMENTO
No
levantamento realizado, 7 dos ministros não se posicionaram publicamente à
época do processo de impeachment. Eis os nomes:
Vinícius
de Carvalho (Controladoria-Geral
da União);
Nísia
Trindade (Saúde);
Margareth
Menezes (Cultura);
Jader
Filho (Cidades);
Alexandre
Silveira (Minas
e Energia);
Anielle
Franco (Igualdade Racial).
Jader Filho (MDB-AL) não se pronunciou publicamente
quanto ao processo. Seu pai, o senador Jader
Barbalho (PSDB-PA), votou a favor da cassação do mandato de Dilma
Rousseff.
Alexandre
Silveira (PSD-MG) era 1º suplente do senador Antonio
Anastasia (PSD-MG), à época eleito pelo PSDB-MG, que foi relator da Comissão Especial do Impeachment na Casa.
Votou favoravelmente ao impeachment de Dilma Rousseff.
fonte: Poder 360
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