Foto reprodução
Da
Redação
Além
de bolas, carrinhos e bicicletas, a ditadura da Venezuela distribuiu outros
brinquedos como presentes neste Natal: os bonecos Súper Bigote (Super Bigode) e
Cilita, inspirados no líder do regime, Nicolás Maduro, e na primeira-dama,
Cilia Flores.
Segundo
a número dois do regime venezuelano, Delcy Rodriguez, quase 13 milhões de
brinquedos foram entregues a crianças, incluindo os bonecos que reproduzem
personagens musculosos vestindo roupa vermelha e capa de super-herói -o Súper
Bigote também usa um capacete de operário e tem uma das mãos de ferro, em
referência a bordão adotado pelo ditador contra adversários.
"Mais
um gesto de profundo amor do presidente Nicolás Maduro ao nosso povo. Juntos,
continuemos defendendo a paz, a prosperidade e o futuro da nossa amada
Venezuela", escreveu Rodriguez nas redes sociais junto de um vídeo com
registros de entregas dos presentes.
O
PSUV (Partido Socialista Unido de Venezuela), de Maduro, destacou em seu site
que crianças moradoras de comunidades e que necessitam de atendimento médico
receberam os presentes. "Foram [entregues] bolas, bonecas, o Súper Bigode,
telefones, legos, casinhas e carrinhos", diz a publicação.
A
ação foi criticada por opositores e até apoiadores do regime, que questionam o
culto à personalidade de seus líderes e o uso de recursos públicos na
iniciativa. "Parece algo inocente, mas isto é grave. É para lá que vão os
poucos recursos da nação: para a propaganda. E elas são direcionadas aos
pequenos", escreveu o usuário Alejandro Dumont no Twitter.
O
personagem Súper Bigote foi lançado no ano passado como desenho animado na TV
estatal venezuelana. Na animação, ele combate o império americano e outros
inimigos, inclusive opositores representados como galinhas. No episódio de estreia,
o herói teve a missão de salvar os venezuelanos do líder dos EUA, representado
como um personagem loiro que lembra o ex-presidente Donald Trump.
O
nome Súper Bigote foi mencionado publicamente por Maduro pela primeira vez em
2019 -o ditador está no poder desde 2013 e enfrenta crise econômica. No mês
passado, estudo divulgado pela universidade venezuelana Católica Andrés Bello
indicou que a pobreza extrema na Venezuela caiu de 2021 a 2022, mas que o país
ainda tem a maior desigualdade social da América Latina.
Nos
últimos meses, a ditadura venezuelana retomou o diálogo com a oposição após um
ano de suspensão das conversas, em uma negociação na qual o pleito é o tema
central. Os opositores reivindicam que o regime ofereça garantias de um
processo livre e justo e permita que seja supervisionado de forma independente
pela comunidade internacional.
Em
resposta à retomada dos diálogos, os EUA aliviaram sanções e anunciaram que
voltarão a permitir que a petroleira Chevron importe petróleo e derivados
produzidos em território venezuelano, desde que a gigante estatal do país, a
PDVSA, não seja beneficiada financeiramente.
O
petróleo é pilar central da retomada das conversas entre o regime e a oposição
venezuelana, que buscam reforçar o papel do país no mercado internacional.
Interessa também a grandes potenciais mundiais, em especial após mudanças
geopolíticas desenroladas pela Guerra da Ucrânia forçarem a busca de
alternativas em termos de petróleo e energia.
Fonte: FOLHAPRESS)
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