Foto: Beto Barata/AFP/Divulgação
O ex-presidente Michel Temer (MDB) disse à reportagem
que sua chegada ao governo, em 2016, foi um "golpe de sorte ao país".
A
declaração foi dada em resposta a discurso feito no sábado (30) pelo candidato
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que voltou a se referir ao impeachment da
presidente Dilma Rousseff (PT) como um "golpe".
Em
evento em Fortaleza (CE), Lula fez a referência quando falava dos percentuais
que governos executaram da transposição do rio São Francisco.
"Eu
e a Dilma fizemos 88% das obras, o outro que deu o golpe [Temer] fez 7% e o
mentiroso [Jair Bolsonaro] fez 5%", afirmou o ex-presidente.
Em
resposta, o emedebista afirmou que "afirmações falsas e desarrazoadas não
merecem respostas".
"Os
brasileiros sabem o que nós fizemos no governo: reforma trabalhista, do ensino
médio, o teto de gastos que proporcionou o controle fiscal, a queda da inflação
e dos juros, a lei e a recuperação das estatais", declarou.
Segundo
Temer, "esse 'outro' fez muito para recolocar o país nos trilhos. Enfim, a
chegada do meu governo foi um golpe de sorte ao país", afirmou.
A
declaração de Lula deve tornar ainda mais difícil qualquer movimento de
aproximação do petista com o ex-presidente.
Como
mostrou a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, Temer tende a apoiar
Bolsonaro num segundo turno contra o petista, e uma das razões é o incômodo por
continuar sendo chamado de "golpista". No primeiro turno, ele apoiará
a senadora Simone Tebet (MS), candidata de seu partido.
Com informaçõsws da Folha de São Paulo
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