Por: Taciano Medrado
Dando
sequência a série: "120 MOTIVOS PARA NÃO VOTAR NO PT", nessa terça-feira (05) relembraremos mais um desastre dos governos petistas,
desta vez na Bahia. Reeditaremos matéria publicada pelo correio 24 horas
do dia 27/08/2020, com o título: “Bahia é estado com maior nº de
homicídios no país pelo quarto ano consecutivo”
Há quatro anos consecutivos a Bahia mantém um pódio infeliz: o de estado com maior número de vítimas de homicídios. O dado é do Atlas da Violência 2020, um documento produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (27). Em 2018, 6.787 pessoas morreram por homicídio no estado e as principais vítimas foram jovens homens negros. Do total de mortos, quase 90% eram pessoas negras.
Desde
2015, a Bahia lidera o índice nacional em números absolutos, à frente de
estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que são mais populosos.
A taxa de homicídios por 100 mil habitantes no estado foi a sétima maior, com
45,8. Roraima ocupou o topo com taxa de 71,8.
De
2008 a 2018, houve aumento de 40,8% no número de homicídios por aqui. Nos
últimos quatro anos do levantamento, portanto de 2015 a 2018, 27.457 pessoas
foram assassinadas, número maior do que toda a população de Amélia Rodrigues,
na Região Metropolitana de Feira de Santana.
A
Bahia ainda ficou em quinto lugar no rankig de taxa de homicídios de jovens por
100 mil habitantes, com 110,7, atrás de Roraima (142,5), Rio Grande do Norte
(119,3), Ceará (118,4) e Amapá (115,7), todos muito acima da média nacional que
ficou em 60,4 neste último ano do levantamento. Do total de mortos em 2018,
3.956 foram jovens homens entre 15 a 29 anos de idade.
Um
dos coordenadores do Laboratório de Estudos sobre Crime e Sociedade
(Lassos/Ufba), o pesquisador Luiz Cláudio Lourenço observa que os números de
2015 a 2018 revelam uma manutenção da conjuntura e não exatamente uma
oscilação. “Os números absolutos vêm aumentando e esse patamar de 2018,
mesmo com uma queda em relação à 2017 [9,3%], ainda é muito alto. As políticas
de enfrentamento de homicídio têm sido as mesmas nestes anos todos, não houve
uma mudança significativa”, destrincha.
Lançado
em Salvador em 2011 como um projeto de redução de homicídios, o programa Pacto
Pela Vida, feito em parceria com os governos federal, estadual e municipal,
acabou virando uma série de ações que não tiveram foco único na questão dos
homicídios, observa o pesquisador.
De
fato, não há uma ação única que possa resolver o problema e grande parte dos
especialistas em segurança pública indicam que essa solução passa não apenas
pela educação, mas também pelo enfrentamento do racismo, da desigualdade
social, do acesso à cidadania e de um melhor trabalho de investigação das
polícias focado nas dinâmicas homicidas.
Professor
de Direito Penal da Uniftc, Leandro Vargas compreende que a superação desse
quadro passa pela migração do formato atual de educação dos níveis fundamental
e médio para o sistema de ensino integral, que protegerá crianças e
adolescentes da exposição à marginalidade, evitando que elas se associem ao
crime.
"Outro
ponto importante é a contratação de policiais, principalmente quanto à polícia
investigativa que atua na apuração e elucidação de crimes, diminuindo a
sensação de impunidade, e desencorajando a criminalidade. Devendo às polícias
possuírem contínua qualificação, estrutura de trabalho, dignos salários e
interação com os órgãos de segurança federal", defende Vargas, que
também já foi vice-coordenador do Comitê Interinstitucional de
Segurança Pública (Regional de Simões Filho), vinculado ao Ministério Público
do Estado da Bahia.
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