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Durante evento de lançamento das diretrizes do programa de governo de uma eventual gestão petista um fato constrangeu a toso os Lulapetista. Antes do discurso de Lula, o vereador pela cidade de São Paulo e ex-senador Eduardo Suplicy interrompeu aos gritos uma fala de Mercadante, reclamando que não havia sido convidado para a reunião e que a proposta de criação de uma renda básica de cidadania --historicamente defendida por ele-- não fora incluída nas diretrizes.
"Eles
têm alguma coisa comigo. Não me convidou para essa reunião", gritou
Suplicy diante de Mercadante, enquanto lhe entregava um papel com a proposta de
renda básica.
"Continuarei
trabalhando, e muito, para que Lula e Alckmin instituam a rede básica de
cidadania enquanto eu estiver vivo ainda", bradou o vereador.
Inicialmente
constrangido pela ação do correligionário, Mercadante eximiu-se da
responsabilidade de não ter convidado Suplicy e disse que a proposta dele seria
tratada como todas as demais.
"Eu
de fato não tive como acompanhar o convite a todas as pessoas, é só olhar o
tamanho do plenário, nem era a minha função. Em relação às propostas, hoje é um
início de processo, você vai ter chance de discutir, mas para entrar no
programa de governo nós vamos ter que ter um debate aprofundado", disse.
"Mas
vai ter que discutir democraticamente, porque é assim que nós
funcionamos", acrescentou, apontando que a proposta do vereador entraria
"na fila" das demais recebidas.
Logo
na sequência, no entanto, Mercadante foi aparentemente alertado por uma
assessora que a ideia da renda básica constava do documento anunciado, e passou
então a rebater o colega.
"Você
poderia olhar com mais cuidado, porque está citado no item 20", disse
antes de ler o trecho do documento.
Coube
a Lula, já na parte final de seu discurso e antes de ser interrompido pelo
apoiador de Bolsonaro, tentar colocar panos quentes na situação ao elogiar
tanto Mercadante quanto Suplicy.
"Se
o Suplicy não fosse brasileiro, se ele fosse de outro país, a abnegação dele, a
dedicação dele nesses 40 anos de querer a renda básica, ele já teria ganhado o
Prêmio Nobel umas 10 vezes", disse o ex-presidente.
"Eu
quero parabenizar o Aloizio Mercadante e a equipe de ter colocado aqui a
questão da renda básica. Eduardo, e se Deus quiser, nós haveremos de
implantá-la um dia no país", acrescentou.
Com informações da Reuters
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