Foto divulgação internet
A
diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
aprovou nesta quarta-feira (4) o uso emergencial do medicamento molnupiravir,
da empresa Merck Sharp & Dohme (MSD), para tratamento da Covid-19. As informações são do FolhaPress.
O
molnupiravir é um medicamento antiviral de uso oral que, nos ensaios clínicos,
mostrou efeitos benéficos a pacientes adultos leves e moderados, com capacidade
de reduzir os casos de hospitalização e mortes. De uso domiciliar, ele funciona
para reduzir as chances do vírus Sars-CoV-2 se multiplicar e se reproduzir no
corpo. As informações são da Agência Brasil.
O
medicamento já está em uso em 17 países e foi aprovado pelas agências
regulatórias nos Estados Unidos, na Europa, no Japão, no Reino Unido, na
Austrália e também pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A
diretora Meiruze Freitas, relatora do processo, ressaltou a importância de
opções terapêuticas para determinadas condições clínicas, especialmente em
indivíduos que, por várias razões, têm alto risco de desenvolver as formas
graves de Covid-19. A diretora alertou que o molnupiravir não substitui a
vacina, que continua sendo a melhor opção para prevenir a doença.
De
acordo com a Anvisa, o medicamento é indicado para o tratamento da Covid-19 em
adultos que não requerem oxigênio suplementar, que apresentam risco aumentado
de progressão da doença para casos graves e cujas opções alternativas de
tratamento aprovadas ou autorizadas pela Anvisa não são acessíveis ou
clinicamente adequadas.
O
medicamento é de uso adulto, com venda sob prescrição médica, e não é
recomendado durante a gravidez, a amamentação e em mulheres que podem
engravidar e que não estão usando contraceptivos eficazes. Isso porque estudos
de laboratório em animais mostraram que altas doses de molnupiravir podem
afetar o crescimento e o desenvolvimento do feto.
O
molnupiravir deve ser utilizado durante os cinco primeiros dias após o
aparecimento dos sintomas, de modo a evitar o desenvolvimento de uma versão
resistente do vírus. Além disso, deve ser limitado a cinco dias consecutivos.
A
dosagem em pacientes adultos é de 800 mg (quatro cápsulas de 200 mg) por via
oral, a cada 12 horas, e por cinco dias, com ou sem alimentos. O medicamento
deve ser utilizado assim que possível após o diagnóstico da doença e dentro de
cinco dias do início dos sintomas.
A
agência reguladora informa que o medicamento é contraindicado nos seguintes
casos:
–
para uso em pacientes com menos de 18 anos de idade;
–
para uso em mulheres grávidas;
–
para início do tratamento em pacientes que necessitam de hospitalização, uma
vez que seus benefícios não foram observados em indivíduos quando o tratamento
é iniciado após a hospitalização;
–
para uso por mais de cinco dias consecutivos;
–
para profilaxia pré-exposição ou pós-exposição para prevenção de Covid-19.
A
Anvisa alerta também que o molnupiravir é um medicamento que deve ser usado
após a avaliação e a prescrição médica. Requer adequada dispensação
farmacêutica, com orientações de que o medicamento é de uso individual e não
pode ser repassado a terceiros sem avaliação e prescrição médica.
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