ACIDENTE AÉREO: Nepal inicia resgate de corpos de avião que caiu com 22 pessoas a bordo

As autoridades do Nepal localizaram destroços do avião que caiu no domingo (29) em uma área montanhosa do país. Catorze corpos foram resgatados por uma equipe que conseguiu chegar de helicóptero a um local próximo da queda, mas o mau tempo dificulta as buscas, indicou a Autoridade de Aviação Civil do país. Reveja

O avião transportava 19 passageiros, incluindo dois alemães, quatro indianos e dez nepaleses, além de três membros da tripulação. De acordo com Pradeep Gauchan, um funcionário local, os destroços do aparelho estão a uma altitude de cerca de 3.800 a 4.000 metros.

"É muito difícil alcançá-lo a pé. Uma equipe foi deixada perto da área por um helicóptero, mas o tempo está nublado no momento, por isso não foi possível efetuar outros voos", disse Gauchan à agência AFP. "Os helicópteros estão de prontidão à espera que as nuvens se dissipem", acrescentou ele.

A Autoridade de Aviação Civil confirmou que o avião "sofreu um acidente" a 4.420 metros de altitude na área de Sanosware, no município rural de Thasang, que fica no distrito de Mustang. Detalhes sobre as causas da queda não foram mencionados.

O bimotor Twin Otter decolou às 9h55 de domingo (horário local) da cidade de Pokhara, a segunda maior do país, na região centro-oeste, e perdeu, depois, o contato por rádio com a torre de controle. O aparelho estava a caminho de Jomsom, uma área de trekking muito frequentada na cordilheira do Himalaia, a 20 minutos de voo de Pokhara.

Uma foto compartilhada pelo porta-voz das Forças Armadas do Nepal, Narayan Silwal, no Twitter, mostra destroços da aeronave espalhados na encosta de uma montanha. O número de registro do bimotor – 9N-AET – é visível no que parece ser um pedaço de asa.

As operações de busca foram retomadas na manhã de segunda-feira, após terem sido suspensas na noite de domingo. Dev Raj Subedi, porta-voz do aeroporto de Pokhara, disse que as buscas seguiram os sinais de GPS, de telefones celulares e de satélites até chegar ao local da queda. De acordo com o site da Aviation Safety Network, o avião foi fabricado pela empresa canadense De Havilland e fez seu primeiro voo há mais de 40 anos, em 1979. 

A aviação nepalesa cresceu nos últimos anos, com o transporte de turismo, de alpinistas e de carga para áreas remotas e de difícil acesso por estrada.

Histórico de segurança duvidosa na aviação

O Nepal, país pobre da cordilheira do Himalaia, tem um histórico de segurança duvidosa na aviação, devido ao treinamento considerado insuficiente dos pilotos, assim como a manutenção inadequada das aerovaves. A União Europeia baniu todas as companhias aéreas nepalesas de seu espaço aéreo por razões de segurança. O país também tem algumas das pistas mais perigosas do mundo, localizadas em meio a picos cobertos de neve.

Em março de 2018, um avião da US-Bangla Airlines, de Bangladesh, caiu perto do aeroporto de Katmandu, matando 51 pessoas. No ano seguinte, três pessoas morreram quando uma aerovave falhou na decolagem e colidiu com dois helicópteros. O acidente ocorreu no aeroporto de Lukla, a porta de entrada para o Everest, que tem a reputação de ser um dos aeroportos mais difíceis do mundo para pousos e decolagens.

O acidente mais grave da história do país ocorreu em 1992, quando 167 pessoas a bordo de um voo da Pakistan International Airlines morreram, depois que o avião se acidentou perto do aeroporto de Katmandu. Dois meses antes dessa tragédia, um aparelho da Thai Airways caiu na mesma área, matando 113 pessoas.

Em maio, o segundo aeroporto internacional do Nepal foi inaugurado em Bhairahawa para permitir o acesso de peregrinos de toda a Ásia ao local de nascimento de Buda, na vizinha Lumbini. O projeto de US$ 76 milhões tem o objetivo de aliviar o tráfego no Aeroporto Internacional de Katmandu.

Com informações da AFP

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