O
ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello criticou
decisões da Corte contra o deputado Daniel Silveira em evento na 3ª feira (19) do
CEBRI (Centro Brasileiro de Relações Internacionais). Segundo ele, as decisões
tomadas pelo Supremo foram “um obstáculo muito sério de desrespeito à
imunidade parlamentar”. As informações são do Poder360.
“Vejo,
no processo crime alusivo ao deputado federal, um obstáculo muito sério de
desrespeito à imunidade, como, por exemplo, a tornozeleira que lhe foi imposta.
Não foi como pena, foi uma medida cautelar a um congressista. É difícil de
conceber”, declarou.
Daniel Silveira foi condenado na 4ª (20) pelo STF por declarações contra os ministros da Corte. A pena foi fixada em 8 anos e 9 meses de prisão, em regime inicial fechado. Também decidiu pela cassação e perda de direitos políticos, o que pode levar a inelegibilidade.
Marco
Aurélio ainda criticou o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT). Para ele, o petista erra ao defender a
regulação da mídia e por sua intenção de revogar a reforma trabalhista.
“Penso
que um candidato que se diz de um partido dos trabalhadores já cogitou uma
marcha à ré quanto à reforma implementada. Como também cometeu um ato falho
quando disse que nós, da classe média, temos mais do que merecemos. Como também
cometeu um ato falho quando cogitou o controle da mídia. Como controlar a
mídia? Só se quisermos ter no Brasil uma visão totalitária, maior do que a que
se diz que pode estar a reinar no cenário hoje em dia”, afirmou.
Desde
que foi solto, em novembro de 2019, o Lula já falou publicamente ao menos 9 vezes sobre regular os
meios de comunicação –seja os tradicionais, seja a internet. É uma pauta
recorrente de setores da esquerda, principalmente do PT. Ao dar as declarações,
o petista se aproxima de seu eleitorado mais fiel.
Sobre
a reforma trabalhista, Lula disse, que, se for eleito presidente da República,
vai promover uma nova reforma. Em encontro com sindicalistas na última semana, o petista
também defendeu mudanças na legislação tributária brasileira.
“Não
adianta falar: ‘Vamos mudar tudo e voltar ao que era antes’. Não! Nós nem
queremos o que era antes. Nós queremos melhorar as coisas. Nós queremos adaptar
uma nova legislação trabalhista à realidade atual”, disse Lula. “A gente
não quer voltar para 1943, a gente quer fazer um acordo em função da realidade
dos trabalhadores em 2023, 2024, 2030”, disse Lula na ocasião.
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