O
fotojornalista e documentarista ucraniano Maks Levin, que trabalhava na
cobertura da guerra na Ucrânia,
foi encontrado morto em uma região nas cercanias de Kiev, no sábado (2). Ele
estava desaparecido há duas semanas, e o governo ucraniano responsabiliza o
exército da Rússia pela
morte. As informações são do jornal independente The Moscow Times.
“Ele
desapareceu na área de conflito em 13 de março na região de Kiev. Seu corpo foi
encontrado perto da vila de Guta Mezhygirska em 1º de abril”, disse o assessor
presidencial Andriy Yermak, através do aplicativo russo de mensagens Telegram.
O
gabinete do Procurador-Geral da Ucrânia confirmou a morte e a atribuiu a
soldados russos, conforme comunicado oficial. “De acordo com informações
preliminares, Maxim Levin, desarmado, foi morto por militares das Forças
Armadas russas com dois tiros de pequenas armas de fogo. Os ocupantes mataram
um fotojornalista ucraniano”,
diz o texto.
O
anúncio da morte do profissional abre mais uma investigação de crimes
de guerra contra as forças russas, acusadas de uma porção de
irregularidades desde a invasão, a maioria delas relacionada à morte
de civis.
“Os
promotores da região de Kiev continuam a documentar todos os crimes do país
agressor para levar os perpetradores à justiça”, diz o comunicado divulgado
pelo gabinete.
A
denúncia foi reforçada pela ONG Repórteres Sem Fronteiras, que publicou
informações semelhantes às do governo ucraniano. “Ele estava desarmado e
vestindo uma jaqueta de imprensa. Atingir
jornalistas é um crime de guerra”, declarou o órgão.
Por
que isso importa?
A
escalada de tensão entre Rússia e Ucrânia, que culminou com a efetiva invasão
russa ao país vizinho no dia 24 de fevereiro, remete à anexação da Crimeia pelos russos, em
2014, e à guerra em Donbass, que começou naquele mesmo ano e se estende até
hoje.
O
conflito armado no leste da Ucrânia opõe o governo central às forças
separatistas das autodeclaradas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, que
formam a região de Donbass e foram oficialmente reconhecidas como territórios
independentes por Moscou. Foi o suporte aos separatistas que Putin usou como
argumento para justificar a invasão, classificada por ele como uma “operação
militar especial”.
“Tomei
a decisão de uma operação militar especial”, disse Putin pouco depois das 6h de
Moscou (0h de Brasília) de 24 de fevereiro, de acordo com o site
independente The Moscow Times. Cerca de 30 minutos depois, as primeira
explosões foram ouvidas em Kiev, capital ucraniana, e logo em seguida em
Mariupol, no leste do país, segundo a agência AFP.
Desde
o início da ofensiva, as forças da Rússia caminham para tentar dominar Kiev,
que tem sido alvo de constantes bombardeios. O governo da Ucrânia e as nações
ocidentais acusam Moscou de atacar inclusive alvos
civis, como hospitais e escolas, o que pode ser caracterizado como crime de
guerra ou contra a humanidade.
Fora
do campo de batalha, o cenário é desfavorável à Rússia, que tem sido alvo de
todo tipo de sanções. Além das esperadas punições financeiras impostas pelas
principais potencias globais, que já começaram a sufocar a economia russa, o
país tem se tornado um pária global. Representantes russos têm sido proibidos
de participar de grandes eventos em setores como esporte, cinema
e música.
De
acordo com o presidente dos EUA, Joe Biden, as punições tendem a aumentar o
isolamento da Rússia no mundo. “Ele não tem ideia do que está por vir”, disse o
líder norte-americano, referindo-se ao presidente russo Vladimir Putin. “Putin
está agora mais isolado do mundo do que jamais esteve”.
Os
mortos de Putin
Desde
que assumiu o poder na Rússia, em 1999, o presidente Vladimir Putin esteve
envolvido, direta ou indiretamente, ou é forte suspeito de ter relação com
inúmeros eventos, que levaram a dezenas de milhares de mortes. A lista de
vítimas do líder russo tem soldados, civis, dissidentes e até crianças. E vai
aumentar bastante com a guerra que ele provocou na Ucrânia
Na
conta dos mortos de Putin entram a guerra devastadora na região do Cáucaso,
ações fatais de suas forças especiais que resultaram em baixas civis até dentro
do território russo, a queda suspeita de um avião comercial e, em 2022, a
invasão à Ucrânia que
colocou o mundo em alerta.
Fonte: A Referência
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