A
Ikea, gigante sueca do setor moveleiro, anunciou que interromperá suas
atividades na Rússia e
em Belarus, como
resultado da invasão da Ucrânia por
tropas russas, ação facilitada pelo governo belarusso. As informações são do
site independente The Moscow Times e do A Referência.
Inicialmente,
a empresa afirmou que manteria suas atividades em território russo, o que levou
a duras críticas na Súecia. Posteriormente, mudou de posicionamento.
“A
guerra já teve um enorme impacto humano. Também está resultando em sérias
interrupções na cadeia de suprimentos e nas condições comerciais. Por todas
essas razões, a Ikea decidiu pausar temporariamente as operações na Rússia”,
disse a empresa em comunicado.
A
decisão afetará 15 mil empregados da empresa nos dois países, em 17 lojas e
três fábricas. A Ikea tem forte presença no mercado de móveis da Rússia desde o
ano 2000, sendo umas das maiores empresas do Ocidente em número de empregos
gerados no país.
“A
guerra devastadora na Ucrânia é uma tragédia humana, e nossa mais profunda
empatia e preocupação estão com as milhões de pessoas afetadas”, disse a
empresa, que diz ter um plano para reduzir o impacto da decisão sobre os
funcionários. “Os grupos da empresa garantirão estabilidade de emprego e renda
e fornecerão apoio a eles e suas famílias na região”.
Diferente
da Rússia, não há nenhuma loja da Ikea em território
belarusso, onde a empresa atua apenas como fornecedora para algumas lojas.
Segundo os suecos, 47 fornecedores na Rússia e dez em Belarus serão afetados
pela decisão, que também interrompe as importações e exportações entre os dois
países.
Por
que isso importa?
A
escalada de tensão entre Rússia e Ucrânia, que culminou com a efetiva invasão
russa ao país vizinho no dia 24 de fevereiro, remete à anexação da Crimeia pelos russos, em
2014, e à guerra em Donbass, que começou naquele mesmo ano e se estende até
hoje.
O
conflito armado no leste da Ucrânia opõe o governo central às forças
separatistas das autodeclaradas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, que
formam a região de Donbass e foram oficialmente reconhecidas como territórios
independentes por Moscou. Foi o suporte aos separatistas que Putin usou como
argumento para justificar a invasão, classificada por ele como uma “operação
militar especial”.
“Tomei
a decisão de uma operação militar especial”, disse Putin pouco depois das 6h de
Moscou (0h de Brasília) de 24 de fevereiro, de acordo com o site
independente The Moscow Times. Cerca de 30 minutos depois, as primeira
explosões foram ouvidas em Kiev, capital ucraniana, e logo em seguida em
Mariupol, no leste do país, segundo a agência AFP.
Desde
o início da ofensiva, as forças da Rússia caminham para tentar dominar Kiev,
que tem sido alvo de constantes bombardeios. O governo da Ucrânia e as nações
ocidentais acusam Moscou de atacar inclusive alvos
civis, como hospitais e escolas, o que pode ser caracterizado como crime de
guerra ou contra a humanidade.
Fora
do campo de batalha, o cenário é desfavorável à Rússia, que tem sido alvo de
todo tipo de sanções. Além das esperadas punições financeiras impostas pelas
principais potencias globais, que já começaram a sufocar a economia russa, o
país tem se tornado um pária global. Representantes russos têm sido proibidos
de participar de grandes eventos em setores como esporte, cinema
e música.
De
acordo com o presidente dos EUA, Joe Biden, as punições tendem a aumentar o
isolamento da Rússia no mundo. “Ele não tem ideia do que está por vir”, disse o
líder norte-americano, referindo-se ao presidente russo Vladimir Putin. “Putin
está agora mais isolado do mundo do que jamais esteve”.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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