OPINIÃO: A política baiana , ah! a velha e inebriante política baiana!

 


Por: Taciano Gustavo Medrado Sobrinho
Professor, engenheiro agrônomo, Bacharel em administração e matemático

Quem acompanha todo “rolo” criado pelo Partido dos Trabalhadores – PT, nas últimas semanas ha de se perguntar: O que de fato está acontecendo nos bastidores da política baiana, ou melhor no “terreiro” dos petista?

Tudo começou quando o senhor “todo poderoso”, senador Jacques Wagner peitou o seu líder maior, Lula no que diz respeito ao processo sucessório ao governo da Bahia . Os problemas começaram há cerca de um mês, numa outra reunião em São Paulo, na qual Wagner debateu com Lula a hipótese de recuar de sua pré-candidatura ao governo da Bahia. Na ocasião, o senador Otto Alencar (PSD-BA), também presente ao encontro, foi sondado para concorrer ao Executivo estadual no lugar de Wagner, abrindo caminho para Rui Costa se lançar ao Senado,  mas Ottto declinou do convite. Pronto! Estava  acesso o estopim!

Nessa reunião, o vice – governador da Bahia João  Leão (PP), ficou de fora  e aguardava  a renúncia de Rui Costa para assumir o governo a partir de abril até o fim do ano, algo que passou a fazer dos “sonhos” do progressista, pois de acordo com declarações de Leão, o mesmo havia sentado com Jacques Wagner na casa do vice governador, na mesa de cabeceira,  e o mesmo havia feito convite para que ele assumisse o governo da Bahia  em um “mandato tampão” de 8 meses, pois Rui seria candidato a uma vaga no senado.

Quatro dias depois, João Leão afirma ter sido pego de surpresa e incredulidade com as  declarações do senador Wagner, explicitamente, sem nenhuma cerimônia, e  descumpria alinhamentos construídos, seguindo ele:  "fruto de amplo diálogo, entre o PT e o PP da Bahia"

Ademais, além do senador Jacques  Wagner, o governador Rui Costa também havia sinalizado com a possibilidade de  Leão ser  responsável pela transição para o próximo governo, com a possível renúncia dele para concorrer ao Senado.

Tudo não passou de “conto para enganar o bobo “,  e que deixou o progressista fulo da vida,  ao ponto de forçar uma ruptura nas relações entre o PP e o PT na Bahia (Veja nota abaixo),  e que fará com certeza um estrago no casco da "nau"  quase em pique dos petistas nas eleições para governador do estado neste ano de 2022.

NOTA PÚBLICA – PP

"O Progressistas Bahia decidiu buscar novos caminhos. Mas, antes de falar do futuro, precisamos rememorar a contribuição do Partido nos êxitos das últimas quatro gestões estaduais e explicar o caminho que nos trouxe até esta importante decisão.

Nesses 14 anos de aliança com o PT da Bahia, o PP contribuiu ativamente nas três vitórias eleitorais de 2010, 2014 e 2018. Participou das administrações petistas com companheirismo e protagonismo nos avanços conquistados. Neste período, o vice-governador João Leão, presidente estadual do Progressistas e uma das principais lideranças políticas da Bahia, esteve à frente das secretarias de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico, Planejamento e, em todas elas, realizou gestões responsáveis e inovadoras, assim como todos os quadros do PP que participaram do governo.

Vale ressaltar que neste período de aliança, jamais faltou lealdade, dedicação, apoio parlamentar e espírito público. Depois de muitas reuniões sob a coordenação do senador Jaques Wagner, foi atribuída ao partido a responsabilidade de assumir o governo durante os nove meses finais do atual mandato.

O governador Rui Costa se afastaria do cargo para concorrer ao senado federal e o senador Otto Alencar ao Governo do Estado. Mesmo não concorrendo a um mandato popular, Leão aceitou o convite com a convicção de poder trabalhar muito mais pelo povo baiano.

Logo após aceitar o honroso convite, Leão participou de um encontro em São Paulo com o ex-presidente Lula, acompanhado do governador Rui Costa que, na oportunidade, deu conhecimento do acordo a Lula.

Na segunda-feira, 07 de março, porém, em entrevista a um programa de rádio de Salvador, o senador Wagner anunciou a nova composição da chapa. Nela, o vice-governador João Leão não teria nenhuma participação. Leão também não mais assumiria o governo.

Além de considerar inaceitável a quebra do acordo, a indelicada comunicação da decisão pela imprensa causou uma imensa decepção e a constatação de que o PP não era mais desejado e não tinha espaço na aliança que nos trouxe até aqui.

Somos homens e mulheres dedicados ao trabalho pelo desenvolvimento do nosso Estado e as propostas programáticas do partido sequer foram consideradas.

O partido se uniu em torno de Leão. De todos os rincões do estado chegaram palavras de solidariedade e apoio. A Executiva Estadual do PP, após amplo debate e consultas às lideranças progressistas, decidiu, por unanimidade, se afastar da aliança atual e buscar outros caminhos onde possa continuar trabalhando pelo povo baiano.

O PP é um dos maiores partidos da Bahia e do Brasil e a nossa história não foi reconhecida na decisão dos líderes petistas.

O partido agradece a civilizada convivência desses 14 anos com todas as lideranças partidárias e enaltece as relações construídas com os demais partidos da base.

Chegou a hora de partir, de mudar para avançar.
Comissão Executiva do Partido Progressista – Bahia"


Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com

 

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