O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou novas sanções contra a Rússia nesta
quinta (24), em resposta à invasão da Ucrânia. Haverá restrições envolvendo
transações do governo russo em moedas estrangeiras e bloqueios aos ativos dos
quatro grandes bancos russos, incluindo o VTB. As informações são de Rafael Balago da da FolhaPress.
Com
a medida, estes bancos não poderão mais fazer negócios com empresas dos EUA e
terão seu patrimônio nos EUA congelado.
Biden
anunciou as medidas em um discurso na Casa Branca. "Vamos limitar a
capacidade da Russia de fazer negócios envolvendo dolares, euros, libras e
ienes", disse, sem dar detalhes ainda, citando as moedas dos EUA, União
Europeia, Reino Unido e Japão.
Ao
anunciar as medidas, o líder americano fez ataques ao presidente russo.
"[Vladimir] Putin é o agressor. Putin escolheu essa guerra e agora ele e
seu país suportarão as consequências", alertou, em tom enérgico.
O
governo dos EUA passou semanas alertando que a Rússia pretendia invadir o país
vizinho. A pressão dos EUA para que isso não ocorresse, no entanto, não
funcionou, e Putin enviou tropas ao país vizinho nesta quinta (24).
Biden
disse em várias ocasiões que não enviará soldados americanas para defender a
Ucrânia, mas deu apoio público ao país, como prometer que ajudaria os
ucranianos a não perderem nenhuma parte de seu território.
Na
noite de quarta (23), Biden conversou com o presidente ucraniano Volodimir
Zelenski por telefone. Pouco depois o início da invasão, a Casa Branca divulgou
um comunicado do presidente, no qual ele considerou o ataque como premeditado e
injustificado. "A Rússia sozinha será a responsável por perdas
catastróficas de vidas perdidas e sofrimento humano", afirmou.
Na
manhã de quinta, Biden se reuniu com o Conselho de Segurança Nacional para
discutir a situação na Ucrânia, e depois participou de um encontro virtual com
os líderes dos países do G7, que inclui, além dos EUA, a Alemanha, Canadá,
França, Itália, Japão, Reino Unido e a União Europeia.
Biden
tem o desafio de calibrar as sanções para atingir a Rússia sem gerar efeitos
que se voltem contra a economia dos próprios Estados Unidos. As vendas de
petróleo e gás são o principal produto de exportação da Rússia. Aplicar
restrições ao comércio desses combustíveis geraria uma alta no preço deles no mundo
todo, que pode chegar aos consumidores dos EUA.
Biden
tem a alta na inflação como um de seus principais problemas, e ter a gasolina
mais cara nos postos americanos pioraria a questão. Nesta quinta, o petróleo já
teve alta por conta da inflação, e o preço do barril de petróleo superou US$
105, valor que não era visto desde 2014.
Na
terça (22), Biden já havia anunciado uma rodada de sanções contra dois bancos
russos ligados ao financiamento de atividades militares e barreiras para a
negociação de títulos da dívida da Rússia, o que dificultaria ao país levantar
dinheiro no exterior.
No
entanto, a Rússia tem cerca de US$ 600 bilhões em dólares, e não precisa
levantar dinheiro no mercado externo para financiar seus pequenos déficits. Nos
últimos anos, sua dívida externa diminuiu, como consequência da dificuldade de
realizar operações no exterior, trazida por sanções anteriores.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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