Pré-candidato
à Presidência da República, Sergio Moro (Podemos) afirmou
que uma união entre os pré-candidatos da chamada 3ª via ainda é possível. Para
ele, uma união é “essencial”, assim como uma “visão clara” do país desejado. As
informações são de Gabriela Soares /Poder 360
“Acho
muito factível a gente [3ª via] se unir em algum momento deste ano
para enfrentar esses extremos. Na minha opinião, a gente já deveria estar
unidos”, disse Moro. “É uma ilusão a gente pensar que temos todo o tempo do
mundo.”
Deu
a declaração durante seminário promovido pelo banco BTG
Pactual, nesta 3ª feira (22.fev.2022). O ex-juiz disse que tem uma visão
econômica similar a do governador João
Doria, pré-candidato do PSDB, e que isso poderia facilitar o diálogo.
Moro
também dosse que não faz sentido ele abrir mão de sua candidatura porque está
em 3º lugar nas pesquisas desde que lançou sua pré-candidatura.
Pesquisa PoderData realizada
de 13 a 15 de fevereiro de 2022 mostra Moro no 3º lugar com 9% das intenções de
voto no 1º turno. Em seguida está Ciro
Gomes (PDT), com 4% das intenções de voto. O atual
presidente, Jair
Bolsonaro (PL), marca 31%, enquanto Lula (PT)
tem 40%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o registro no TSE é
BR-06942/2022.
Mas
a gente precisa realmente buscar essa união entre todos os pré-candidatos desse
centro democrático, se não nós vamos cair nas garras dos extremos e eu acho que
não temos tempo a perder”, disse Moro.
REFORMAS
E PRIVATIZAÇÕES
Uma
possível união entre a 3ª via seria, para Moro, em torno de um projeto
reformista. Para o ex-juiz é necessário que o governo brasileiro realize
reformas de base. Ele falou em 3 reformas: “tributária, administrativa e ética”,
sendo que essa última permitirias as outras.
“Não
crescemos há muito tempo porque estamos parados, sem lideranças reformistas. O
último presidente que fez reformas foi o Fernando Henrique Cardoso.”
Moro
defendeu a unificação de impostos sobre consumo. Para o ex-juiz, a resposta
deve ser simplificar e dar mais previsibilidade ao pagamento de impostos.
Já
sobre a reforma administrativa, Moro defendeu uma reforma ampla, que seja a
mesma para todos os funcionários públicos. “A ideia é colocar a meritocracia
dentro do serviço público. O foco de uma reforma nunca é demitir servidor, é
incentivar”, disse.
Além
disso, Moro afirmou que todas as empresas estatais podem ser privatizadas em
uma possível presidência de sua parte. Segundo ele, não pode haver “preconceitos”
entre uma ou outra empresa. Para o ex-juiz, se a privatização não for criar
monopólios privados, deve ser considerada.
Ao
ser questionado, no evento, se suas propostas não são similares aos planos do
atual governo de Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes (Economia), Moro afirmou
que Guedes é liberal, mas está em um “governo iliberal”. O ministro também esteve presente no evento do BTG Pactual.
“Não
adianta o Paulo Guedes vir aqui falar de um monte de reformas que não vão sair”,
disse Moro. Segundo ele, em 2019, durante uma reunião ministerial, que “reforma
administrativa era algo para 2º mandato”, para não atrapalhar reeleição.
E
é nesse sentido que Moro falou em uma reforma ética, em que acabaria com a
reeleição para presidência e com o foro privilegiado. No final de janeiro, o
ex-juiz assinou um termo pelo fim das duas normas.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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