Enfermeira
recebe dose de vacina contra a Covid-19 em hospital da região de Ashanti,
Uganda, março de 2021 (Foto: Unicef/Apagnawen Annankra)
Quase
dois anos depois do primeiro caso de Covid-19 ter sido identificado
na África, a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou na quinta-feira (10)
que, se a tendência continuar, o continente poderá controlar a pandemia ainda
neste ano.
Mas
a OMS destaca que vigilância continua
sendo chave, sendo que quatro ondas de Covid-19 já foram identificadas na
África. A primeira, em 2020, durou 29 semanas, mas a onda mais recente, causada
pela variante
Ômicron, terminou depois de seis semanas.
A
diretora da OMS para a África, Matshidiso Moeti, declarou que “nos últimos dois
anos, a resposta do continente aos novos casos de Covid-19 ficou mais
inteligente, mais rápida e melhor”.
Ela
lembra que os avanços foram alcançados mesmo com grandes desigualdades no acesso
às vacinas. A chefe da OMS lembrou ainda das 242 mil vidas perdidas pelo
coronavírus na África e dos enormes danos à economia dos países.
De
acordo com o Banco
Mundial, a pandemia empurrou 40 milhões de africanos para a pobreza extrema.
Por cada mês em que houve medidas de contenção, as perdas do PIB chegaram a US$
13,8 bilhões na África.
Mas
a chefe da OMS no continente confirma que “existe luz no fim do túnel”, sendo
2022 o ano “do fim
da destruição que o vírus deixou pelo caminho e o ano de tomarmos
novamente controle das nossas vidas”.
Moeti
acrescentou que “controlar a pandemia deve ser prioridade, mas cada país deve
trilhar o seu próprio caminho para sair dessa situação de emergência”. Se na
primeira onda de Covid-19 cerca de 2,5% das pessoas infectadas morriam, na
quarta onda, causada pela Ômicron,
a média de mortes baixou para 0,8% entre os casos positivos.
Desde
o começo da pandemia, a capacidade do continente africano em tratar dos casos
melhorou, com maior acesso a oxigênio, equipamentos médicos e aumento dos
leitos nas Unidades de Terapia Intensiva.
A
diretora da OMS na África disse ainda “que devido a novas variantes, é
essencial que os países ampliem suas capacidades de detectá-las por meio do
sequenciamento genético”.
A
OMS aumentou o número de laboratórios capacitados para detectar a Covid-19 na
África, de apenas dois para mais de 900 atualmente e o sequenciamento genético
foi ampliado em 54%.
A
agência da ONU lembra que a vacina continua sendo a “arma mais potente contra
as novas variantes da Covid-19”. Até o momento, 672 milhões de doses foram
entregues aos países africanos, sendo 65% facilitadas pelo mecanismo
Covax.
Apesar
disso, apenas 11% da população adulta do continente está totalmente vacinada,
por isso é essencial ampliar o programa de vacinação, a testagem e a
vigilância, salienta a OMS.
Conteúdo
adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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