A
indústria criativa perdeu 10 milhões de empregos em 2020 devido à pandemia, sendo que, no mesmo ano,
o Valor Agregado Bruto nos setores cultural e de lazer diminuiu US$ 750
bilhões. Os dados constam de um relatório divulgado nesta quarta-feira (9)
pela Unesco, órgão da ONU (Organização das Nações Unidas) para educação, ciência
e cultura.
O
documento, intitulado “Remodelando Políticas para a Criatividade”, mostra que o
apoio ao desenvolvimento
de projetos culturais e de lazer continua diminuindo. Em vários
países, as receitas do setor caíram entre 20% e 40%.
A
Unesco revela ainda que, assim, surgiu um paradoxo, uma vez que o acesso das
pessoas a conteúdos
culturais digitais aumentou. O relatório afirma ser necessário e
urgente criar “sistemas de remuneração justos para artistas e produtores de
conteúdos consumidos online”.
Apesar
do fluxo de bens e serviços culturais estar aumentando no mundo, tem havido
pouco progresso para encurtar as disparidades entre países desenvolvidos e em
desenvolvimento.
Para
a Unesco, a crise global causada pela pandemia expôs os “desafios para garantir
a preservação da diversidade de
expressões culturais no mundo”.
Mas
o relatório destaca um outro lado: a pandemia deixou claro o valor essencial do
setor cultural e criativo para gerar “coesão social, recursos educativos e
bem-estar de pessoas em momentos de crise”. Ao mesmo tempo, o potencial do
setor em produzir crescimento econômico acabou sendo prejudicado.
O
acesso a várias formas de expressão cultural ficou restrito no mundo todo,
prejudicando a habilidade de se contribuir para o desenvolvimento
econômico. O setor cultural representa 3,1% do PIB (Produto Interno Bruto)
global e 6,2% das vagas de emprego.
Os
gastos públicos nas indústrias criativas já estavam em queda mesmo antes
da Covid-19.
Com isso, houve um colapso na renda e nos empregos do setor, piorando ainda
mais “as condições de trabalho precárias de muitos artistas no mundo todo”. A
pandemia deixou ainda mais evidente a vulnerabilidade dos profissionais da área
cultural.
A
agência da ONU pede aos governos garantiras de proteção econômica e social para
artisas, incluindo estabelecimento de salário mínimo na área cultural, melhor
fundo de pensão e licença médica remunerada para freelancers.
Conteúdo
adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
Texto: A Referência
Para
ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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