Da Redação
A
Coreia do Norte lançou nesta segunda-feira (17) dois novos projéteis que são,
provavelmente, mísseis balísticos, segundo as autoridades sul-coreanas.
Este é o quarto teste que o regime realiza desde o início do ano, aumentando as
preocupações da comunidade internacional sobre as ambições militares do regime
norte-coreano.
A
Coreia do Norte acelerou nas últimas semanas os testes de armamentos, o que mostra a intenção do governo
de reforçar suas capacidades militares apesar de o país ser alvo de
várias sanções internacionais. Os dois "mísseis balísticos de curto
alcance" foram lançados de um aeroporto perto de Pyongyang, antes das
9h no horário local, e percorreram 380 quilômetros a uma altitude de 42
quilômetros, de acordo com as Forças Armadas da Coreia do Sul.
A
frequência e a diversidade dos testes mostram que a Coreia do Norte
"tenta melhorar sua tecnologia e
capacidade operacional para realizar ações secretas" e visa
"confundir os outros países, para que tenham dificuldade em detectar
sinais de que os norte-coreanos preparam um lançamento", declarou o
ministro da Defesa sul-coreano, Nobuo Kishi, em uma coletiva de imprensa.
"O desenvolvimento da tecnologia da Coreia do Norte em matéria de mísseis
não pode ser ignorado pelas forças de segurança do Japão e da região",
acrescentou.
Mísseis
hipersônicos
O
regime norte-coreano também afirmou ter testado com sucesso, nos dias 5 e 11 de
janeiro, mísseis planadores hipersônicos. A arma é considerada
particularmente sofisticada. O segundo lançamento foi supervisionado
pessoalmente pelo líder do país, Kim Jong-un.
Os
mísseis hipersônicos podem atingir cinco vezes, ou mais, a velocidade do som.
Eles são mais rápidos e de manejo mais simples e dificilmente interceptados
pelos sistemas de defesa. Os Estados Unidos investem bilhões de dólares em escudos
antimísseis e reagiram na semana passada adotando novas sanções, que
Pyongyang qualificou de "provocação."
Esse
seria o quarto teste de armas de Pyongyang só neste ano. Na sexta-feira (14), a
Coreia do Norte disparou dois mísseis táticos guiados e afirmou que testou
mísseis hipersônicos em 5 e 11 de janeiro. Em resposta à série de lançamentos,
os Estados Unidos impuseram na semana passada novas sanções ao país que possui
armas nucleares - o que Pyongyang alegou ser uma "provocação".
"Direito
à autodefesa"
A
Coreia do Norte tem o "legítimo direito" à autodefesa, afirmou um
porta-voz do Ministério das Relações Exteriores à KCNA. Apesar das sanções
internacionais sobre seus programas de armas, Pyongyang se esforça
para modernizar suas forças armadas e recusa a retomada do diálogo com os
Estados Unidos, que segue paralisado.
Em
uma importante reunião do partido que governa a Coreia do Norte no mês passado,
Kim Jong-un prometeu continuar desenvolvendo as capacidades de defesa do país.
"Se os Estados Unidos decidirem confrontar a Coreia do Norte, o regime
será forçado a reagir de maneira mais firme", declarou um porta-voz do
ministério norte-coreano das Relações Exteriores, na sexta-feira.
Em
seu plano de defesa divulgado em janeiro de 2021, a Coreia do Norte citou os
mísseis supersônicos como uma das suas prioridades. O país também atravessa uma
grave crise econômica, agravada pelas sanções e o fechamento de suas
fronteiras, imposta em nome da luta contra a Covid-19. Pyongyang busca
impressionar sua população com proezas militares, estimam analistas.
(Com
informações da AFP)
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professortacianomedrado.com
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