"Não
pretendo voltar. A economia tem ciclos; você fica com a parte boa, mas se a
economia não funciona, a culpa é do ministro. Fiquei no governo por 12 anos
seguidos. Já dei a minha parte", disse o ex-ministro.
Mantega
foi ministro do Planejamento no primeiro governo Lula e assumiu o Ministério da
Fazenda em 2006, no final do mandato. Ocupou o cargo até janeiro de 2015,
saindo poucos meses antes do impeachment da ex-presidente Dilma.
O
ex-ministro negou que pretende elaborar um programa econômico exclusivamente
para o PT. "Lula terá muitas alianças políticas, você não pode governar
sozinho", disse. "Depois que o grupo de partidos estiver confirmado,
você vai começar a discutir um programa que tem que ser aceito por todos, não
pode ser um programa imposto pelo PT".
À
Bloomberg, Mantega reconheceu alguns erros na política econômica de Dilma,
durante o período em que comandava a equipe econômica. Ele citou a intervenção
do governo no setor de energia, em 2012, para baixar a conta de luz. Depois da
intervenção, veio um tarifaço, que fez a conta de luz disparar.
"Isso
[corte na conta de luz] não funcionou. As ações da Eletrobras caíram, e você
tinha muitos investidores na Eletrobras. Na verdade, acho que cometemos um erro
lá."
Para
o ex-ministro, o Brasil precisará de um grande plano de investimentos em
infraestrutura para 2023, semelhante ao proposto pela gestão Joe Biden, nos
Estados Unidos, para tirar a economia da crise em meio a um cenário
internacional adverso.
Ele
diz que o aumento dos juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos
EUA), somado à desaceleração do crescimento da China, tornará a recuperação do
Brasil mais difícil nos próximos anos. A combinação, diz Mantega, é
"potencialmente mortal para a economia".
Para ler mais acesse, www:
professortacianomedrado.com
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