© RODRIGO BUENDIA Profissional
de saúde prepara uma dose da vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 em
Quito, Equador
Da redação
A
chegada assombrosa da variante Ômicron ao cenário caótico da pandemia nos faz
sonhar novamente com a perspectiva de imunidade coletiva, mas especialistas
alertam que ainda é muito cedo para conclusões.
O
ministro da Saúde da França, Olivier Veran, ousou declarar no fim de semana que
"esta quinta onda pode ser a última", devido à velocidade com que a Ômicron, uma variante altamente contagiosa do Coronavírus, está se espalhando,
de forma aparentemente menos perigosa.
Um
cenário otimista, segundo Alain Fischer, responsável pela campanha de vacinação
na França.
"Talvez
estejamos testemunhando um início de evolução para um vírus mais banal, como
muitos outros que já conhecemos", declarou nesta segunda-feira(3).
A
imunidade natural, junto com o efeito das vacinas, proporcionaria uma fase
muito menos severa da pandemia global.
"Há
esperança", diz o epidemiologista Arnaud Fontanet.
"O
Sars-CoV-2 poderia se juntar a outros coronavírus humanos que causam resfriados
e dor de garganta a cada inverno", explica ele.
"Ainda
não estamos próximos. Podemos prever que novas variantes vão aparecer, mas
nossa imunidade será fortalecida com o tempo, seja por infecção natural ou com
doses de reforço da vacina", indica.
Mas
antes disso haverá previsivelmente "um alto número de infecções na
população", disse o diretor do ministério da Saúde de Israel, Nachman Ash,
no domingo.
-
Nova variante? -
Os
riscos de sobrecarga dos sistemas de saúde são altos. Embora mais benigna, o
impacto da ômicron ainda não foi determinado. E se houver novas variantes, a
imunidade coletiva pode ser prejudicada com mais mortes.
"Ainda
espero que o vírus se torne semelhante aos dos resfriados, talvez nos próximos
dois anos", disse Julian Tang, virologista e professor da Universidade de
Leicester, citado pela organização britânica Science Media Center.
"Se
quisermos começar a aprender as lições do passado recente desta pandemia, a
primeira coisa a lembrar é que é muito imprevisível", disse o
epidemiologista Antoine Flahault à AFP. Em sua opinião, o conceito de imunidade
coletiva é "puramente teórico".
“Parece
que a imunidade das vacinas protege de forma eficaz contra as formas graves da
doença, mas não de forma igual a todos os vacinados”, explica.
“A
imunidade adquirida naturalmente também parece fornecer uma espécie de
proteção, principalmente contra as formas graves, embora nada esteja totalmente
certo”, acrescenta.
Flahault,
que atualmente dirige o Instituto de Saúde Global em Genebra, acredita que
todas as possibilidades permanecem abertas, incluindo um impacto maior do que o
previsto da variante ômicron ou simplesmente o surgimento de novas
mutações.
"Estou
convencido de que não será a última onda", disse Eric Caumes, ex-diretor
do serviço de doenças infecciosas do hospital La Pitié Salpêtrière em Paris, no
domingo.
“Mas talvez seja a última com essa intensidade”, diz.
Para ler mais
acesse, www: professortacianomedrado.com
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