O
pré-candidato a presidente Sergio Moro anunciou na tarde desta quarta-feira
(26), pelas redes sociais dele, que divulgará na sexta-feira (28) quanto
recebeu de honorário no período em que trabalhou na consultoria Alvarez &
Marsal.
De
cada R$ 4 que a consultoria dos Estados Unidos fatura de honorários no Brasil,
R$ 3, ou 75%, vêm de empresas investigadas pela "lava jato".
Mesmo assim, o juiz do finado consórcio de Curitiba foi trabalhar para a
empresa que administra, entre outras, a recuperação judicial da Odebrecht, um
dos principais alvos da quebradeira lavajatista.
O
ex-juiz da "lava jato" e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro disse
nesta quarta que fará a divulgação em "nome da transparência" e
"por consideração aos brasileiros".
"Apesar
da natimorta CPI [ventilada pelo PT] e das ilegalidades do processo no TCU, eu,
por consideração aos brasileiros e em nome da transparência que deve
pautar a política, na sexta divulgarei meus rendimentos na empresa em que
trabalhei", escreveu na publicação.
Moro
está com um processo no Tribunal de Contas da União (TCU) que apura se ele
levou à iniciativa privada informações confidenciais da "lava jato" e
se, de alguma maneira, beneficiou sua empregadora, responsável por processos de
recuperação judicial de empreiteiras brasileiras.
Suspeição
Mas a relação ainda não explicada pode ter novos desdobramentos em breve. Em manifestação enviada na terça-feira (25/1) ao ministro
Bruno Dantas, o subprocurador Lucas Furtado, que atua junto ao Tribunal de
Contas da União (TCU), sugeriu a suspeição do procurador Júlio Marcelo de
Oliveira, que tenta participar do processo e já foi barrado pelo ministro.
No
ofício encaminhado a Dantas, Lucas Furtado chama a atenção para o fato de que
"a relação amigável e de admiração entre o sr. Júlio Marcelo e o ex-juiz
Sérgio Moro é de conhecimento público".
"Dessa
forma, a suspeição do Sr. Júlio Marcelo — decorrente da relação de amizade
mantida com o ex-juiz Sérgio Moro — deveria impedir que este atuasse no
processo em análise, em face da dúvida sobre sua imparcialidade e/ou
independência. Ressalto que não estou solicitando minha atuação nos
autos", afirmou o subprocurador.
Além
disso, reforçou que, "em prol da transparência e visando não pairar
dúvidas", solicitou que o ministro atue junto à procuradora-geral do
MPTCU, Cristina Machado da Costa e Silva, visando a avocação processual
ou novo sorteio do processo dentre os demais membros do órgão.
Com informações da Revista Consultor Jurídico
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professortacianomedrado.com
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