Aluno da rede municipal de Salvador recebe
vacina contra a Covid-19Foto: André Carvalho/Secretaria Municipal de Educação
de Salvador - Foto: CNN/Brasil
Da Redação
O
presidente Jair Bolsonaro (PL) disse ter pedido ao ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga, que os pais e responsáveis de menores de 12 anos tenham que assinar
um termo de responsabilidade para vacinar as crianças, além da exigência de
receita médica. As informações são do FolhaPress.
A
declaração foi dada neste domingo (19) a apoiadores e veículos de imprensa
local que acompanhavam o presidente em Praia Grande, no litoral sul de São
Paulo. Bolsonaro está desde sexta-feira (17) hospedado no hotel de trânsito do Forte
dos Andradas, localizado em Guarujá, município vizinho.
"Trabalhamos
ontem [sábado] o dia todo. Comecei às 3h30 da manhã, às 4h liguei para o
Queiroga e dei uma diretriz para ele. Obviamente, é ele quem bate o martelo
porque é o médico da equipe. Vai passar pela Saúde", explicou.
"O
que pretendemos fazer? Vacina para crianças só se autorizada pelos pais. Se
algum prefeito, governador ou ditador quiser impor é outra história, mas do
governo federal tem que ter autorização dos pais e uma receita médica",
completou.
Apesar
da fala de Bolsonaro, quem define como será a vacinação e quais regras devem
ser aplicadas são estados e municípios. Além disso, já exigida a autorização de
pais ou responsáveis para a vacinação contra Covid-19 em adolescentes.
O
presidente voltou a reforçar a fala de três dias antes, quando afirmou ter
pedido à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a divulgação do nome
dos técnicos responsáveis pela aprovação do imunizante da Pfizer para vacinar
crianças de 5 a 11 anos —o que causou reação da agência, repudiando a ameaça.
"A
partir do momento que alguém faz um ato delitoso tem que se apresentar para
ganhar medalha", disse, ao lado de apoiadores.
A
autorização do uso da vacina foi divulgada na quinta-feira (15). A resolução
prevê que crianças recebam duas doses de 10 microgramas num intervalo de 21
dias.
No
sábado (18), o ministro da Saúde informou que estabeleceria um procedimento
mais longo para autorizar a imunização desse público e disse que só divulgará a
decisão sobre a vacinação de crianças em 5 de janeiro.
Segundo
Queiroga, o prazo mais extenso é justificado por se tratar de um "tema
sensível" e que a "introdução desse produto no âmbito de uma política
pública requer uma análise mais aprofundada".
"Tiveram
tanto cuidado com aqueles medicamentos [hidroxicloroquina e ivermectina] que
quase todo mundo tomou, e eu tomei, mas e agora? Com a vacina você precisa ter
cuidado especial, também. Que fique claro: não me chamem de antivacina porque
compramos mais de 300 milhões de doses. Eu só digo que é voluntário",
justificou Bolsonaro.
Até
o momento, o imunizante da Pfizer é o único liberado para aplicação em crianças
e adolescentes no país. Na avaliação do ministro, só a autorização da Anvisa
não é suficiente para que a vacinação seja colocada em prática.
Em
outras ocasiões, o governo Bolsonaro já tentou barrar a vacinação de menores de
18 anos.
Apesar
da liberação, o início da vacinação não pode ocorrer imediatamente porque o
Ministério da Saúde ainda não solicitou a compra de doses específicas para a
faixa etária. A previsão é imunizar 70 milhões de crianças.
O
governo também precisará adequar o plano de vacinação da Covid e organizar a
entrega das doses específicas aos estados.
Bolsonaro
deve permanecer no litoral paulista até a próxima quinta-feira (23). Na viagem,
ele está acompanhado por Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal,
além dos assessores especiais e de grande comitiva.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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