Da Redação
O governo Jair Bolsonaro (PL) vai doar 30 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para o Covax Facility, consórcio criado para distribuir os imunizantes aos países de renda baixa e média. O anúncio deve ser feito na segunda-feira (20).As informações são do FolhaPress
A
doação é consequência de um compromisso assumido pelo governo federal ainda em
outubro deste ano, após a Cúpula do G20. Os países que assinaram a destinação
se comprometeram em ser solidários com os países mais pobres, onde a vacinação
ainda não avançou o suficiente.
De
acordo com estimativas da Saúde, a doação não deve afetar a distribuição de
vacinas entre brasileiros —o país receberá 770 milhões de doses até o fim de
2022, se calculado desde a primeira aplicação do imunizante em território
nacional. O governo ainda acredita que a campanha de imunização já pode ser
considerada exitosa.
Rivalizando
com países dispostos a pagar valores elevados pelos fármacos, o Covax Facility
entregou apenas 738 milhões de doses a 144 países ou territórios, abaixo da meta
de 2 bilhões estabelecida para 2021.
Hoje,
metade da população mundial recebeu ao menos uma dose da vacina. Mas, enquanto
países ricos e emergentes já aplicam doses de reforço, nações mais pobres
registram baixas taxas de imunização.
A
desigualdade é um dos principais problemas da campanha, afetada também por
controvérsias sobre os efeitos colaterais, que são raros, e por protestos
contra a vacinação obrigatória em alguns países.
Além
das questões morais e humanitárias implicadas no acesso desigual à vacinação,
ela tem potencial de adiar o fim da pandemia no mundo, com o risco de surgirem
novas variantes mais resistentes. Isso ocorre uma vez que o vírus circula mais
entre não imunizados.
A concentração das doses em países ricos chegou a ser chamada de "apartheid vacinal" e "fracasso moral" pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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