O rio São Francisco, o nosso "Velho Chico', o rio da Integração Nacional, completa nessa segunda-feira (04) 520 anos de descobrimento. é protagonista na vida de muitos brasileiros. São tantas histórias que permeiam São Francisco que navegar por ele é como passear pela história do Brasil.
No
dia 4 de outubro de 1501, uma expedição naval comandada por Américo Vespúcio
que descia parte da costa brasileira para reconhecimento, deparou-se com a
imensidão da foz de um rio grandioso. Desse encontro nasce o primeiro relato
oficial em relação ao Rio São Francisco e a data do seu batismo pelos
portugueses, que escolheram esse nome por ser o dia 4 de outubro o dia do santo
São Francisco. Pelos índios daquela região, o Rio era conhecido como Opará, um
vocábulo que representa a sua imensidão na etimologia tupi-guarani. Opará =
rio-mar.
O rio São Francisco é um dos mais importantes cursos d’água do Brasil e da América do Sul. Ele passa por cinco estados e 521 municípios, sendo sua nascente geográfica no município de Medeiros e sua nascente histórica na serra da Canastra, no município de São Roque de Minas, centro-oeste de Minas Gerais, sendo Vargem Bonita a primeira cidade banhada pelo Velho Chico.
Ainda
em Minas, na Serra da Canastra, local onde está a nascente do rio São
Francisco, está uma das mais belas cachoeiras do Brasil, a cachoeira Casta
D’anta, que possui uma queda de mais de 200m de altura e beleza incomparável.
Seu
percurso atravessa o estado da Bahia, fazendo sua divisa ao norte com
Pernambuco, bem como constituindo a divisa natural dos estados de Sergipe e
Alagoas e, por fim, deságua no oceano Atlântico, drenando uma área de
aproximadamente 641 000 km².
Seu
comprimento medido a partir da nascente histórica é de 2 814 km, mas chega a 2
863 km quando medido ao longo do trecho geográfico. Seu nome indígena é Opará
ou Pirapitinga[3] e também é carinhosamente chamado Velho Chico.
Apresenta
dois estirões navegáveis: o médio, com cerca de 1.371 km de extensão, entre
Pirapora (MG) e Juazeiro (BA) / Petrolina (PE) e o baixo, com 208 km, entre
Piranhas (AL) e a foz, no Oceano Atlântico.
O rio São Francisco atravessa regiões com condições naturais das mais diversas e tem seis usinas hidrelétricas.
As
partes extremas superior e inferior da bacia apresentam bons índices
pluviométricos, enquanto os seus cursos médio e submédio atravessam áreas de
clima bastante seco. Assim, cerca de 75% do deflúvio do São Francisco é gerado
em Minas Gerais, cuja área da bacia, ali inserida, é de apenas 37% da área
total.
A
área compreendida entre a fronteira Minas Gerais-Bahia e a cidade de
Juazeiro(BA), representa 45% do vale e contribui com apenas 20% do deflúvio
anual.
Os
aluviões recentes, os arenitos e calcários, que dominam boa parte da bacia de
drenagem, funcionam como verdadeiras esponjas para reterem e liberarem as águas
nos meses de estiagem, a tal ponto que, em Pirapora (MG), Januária (MG) e até
mesmo em Carinhanha (BA), o mínimo se dá em setembro, dois meses após o mínimo
pluvial de julho.
À
medida que o São Francisco penetra na zona sertaneja semiárida, apesar da
intensa evaporação, da baixa pluviosidade e dos afluentes temporários da margem
direita, tem seu volume d’água diminuído, mas mantém-se perene, graças ao
mecanismo de retroalimentação proveniente do seu alto curso e dos afluentes no
centro de Minas Gerais e oeste da Bahia.
Nesse
trecho o período das cheias ocorre de outubro a abril, com altura máxima em
março, no fim da estação chuvosa. As vazantes são observadas de maio a
setembro, condicionadas à estação seca.
Com informações Empresa Brasileira de Comunicações (EBC)
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios podem ser removidos sem prévia notificação
Postar um comentário