NOTÍCIAS INTERNACIONAIS : Último debate na Alemanha será chance de virada do candidato de Merkel contra social-democrata

Da   Redação

A uma semana das eleições legislativas, os líderes dos três grandes partidos alemães realizam, neste domingo (19), o último debate na TV, na reta final da incerta disputa para suceder Ângela Merkel na chancelaria. O ministro das Finanças e vice-chanceler social-democrata Olaf Scholz, de 63 anos, saiu vencedor nos dois últimos debates, segundo as pesquisas d eopinião, apresentando-se como um gestor tranquilo e experiente.

O conservador Armin Laschet, de 60 anos, considerado o herdeiro natural de Ângela Merkel, se mostrou combativo nesta reta final, após um início de campanha fracassado. Pouco popular, ele nunca conseguiu tomar a liderança: seu partido e o de Merkel, o União Democrata Cristã (CDU), está com entre 20% e 22% das intenções de votos, na aliança com o CSU bávaro, contra 25% a 26% para os sociais-democratas do SPD, segundo as pesquisas.

Os Verdes e sua líder Annalena Baerbock, que inicialmente causou euforia, estão atualmente com entre 15% e 17%, uma porcentagem que parece afastar a jurista da chefia de governo do país. No entanto, não se pode descartar surpresas. Cerca de 40% dos eleitores alemães ainda não sabem em quem vão votar, de acordo com um estudo do instituto Allensbach.

A isso, somam-se as margens de erro nas pesquisas e a grande quantidade dos votos por correspondência este ano, devido à pandemia de Covid-19. Os ambientalistas devem, em qualquer cenário, desempenhar um papel crucial na formação de um governo de coalizão, provavelmente composto por três partidos.

O debate, a partir de 20h15 (15h15 no horário de Brasília) nos canais privados ProSieben, Kabeleins e Sat1, dará a Armin Laschet uma última oportunidade de se impor frente a Olaf Scholz, e evitar assim uma humilhante virada de seu partido conservador para a oposição, conforme estimam as pesquisas.

O fator Merkel

Laschet, governador da região alemã mais populosa – Renânia do Norte-Vestfália – e conhecido pela sua moderação, não deixa de insistir que o espectro político do país vai girar para a esquerda em caso de aliança entre o SPD, os Verdes e a esquerda radical de Die Linke.

Para chegar a uma possível aliança, Olaf Scholz e Annalena Baerbock classificaram de "linha vermelha" a oposição de Die Linke à Otan. Mas nenhum deles descartou formalmente uma coalizão com este partido que, de acordo com as pesquisas, tem 6% das intenções de voto.

Angela Merkel, que deixará o cenário político após 16 anos no poder e que segue muito popular, se manteve inicialmente à margem da campanha, antes de demonstrar apoio a Laschet. A chanceler participa com ele de vários atos junto ao eleitorado.

"Isso deve beneficiá-lo", opina o cientista político Karl-Rudolf Korte, da Universidade de Duisburgo, "assim como todos os que nos últimos anos foram eleitos por serem pessoas próximas a Merkel".

Seja qual for o resultado das eleições, o campo conservador se prepara para um resultado historicamente baixo, que pode ofuscar a influência de Angela Merkel daqui para a frente.

Com informações da AFP               

 

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