ASIA E PACÍFICO: Tensão aumenta na Península da Coreia, e Rússia tenta mediar acordo entre os rivais

 

Míssil testado pela Coreia do Norte em setembro de 2021 (Foto: divulgação/nknews.org)
Da   Redação

Em meio a uma corrida armamentista entre Coreia do Sul e Coreia do Norte, que realizaram testes concomitantes de mísseis de longo alcance na quarta-feira (15), a Rússia, por meio da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, cobrou dos países moderação e diálogo. A informação é da agência russa Tass.

Ao passo em que as nações aumentam o investimento em ativos militares, os esforços diplomáticos têm se mostrado ineficientes para aliviar as tensões.

“Não há alternativa sensata para a solução política e diplomática dos problemas regionais. Nesse contexto, pedimos a todos os parceiros que demonstrem contenção e reafirmem na prática sua disposição para retomar o diálogo em linha com os acordos alcançados anteriormente e obrigações assumidas”, afirmou Zakharova.

Na quarta-feira, a Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos contra o Mar do Japão, com capacidade para atingir alvos a até 1,5 mil quilômetros de distância. Pyongyang informou que os testes foram realizados no sábado (11) e no domingo (12) e publicou fotos do que parecem ser um caminhão com um lançador de mísseis e um míssil em pleno voo. Segundo a agência estatal, trata-se de “uma arma estratégica de grande significado”, o que sugere a possibilidade de que seja armado com ogivas nucleares

No mesmo dia, a agência de notícias sul-coreana Yonhap informou que o país havia realizado o primeiro teste de lançamento de um míssil balístico de um submarino. De acordo com a agência Reuters, a Coreia do Sul tornou-se o primeiro país sem armas nucleares a desenvolver tal sistema.

O presidente sul-coreano Moon Jae-in disse que a capacidade “assimétrica” da Coréia do Norte de produzir armas nucleares é o principal motivo para a Coréia do Sul, que não é uma potência nuclear, buscar desenvolver melhores mísseis. O país alega buscar novos sistemas militares, como submarinos e seu primeiro porta-aviões, enquanto mantém política declarada de não proliferação de armas nucleares.

Para o primeiro ministro japonês, Yoshihide Suga, os atos foram classificados como “ultrajantes, além de representarem uma ameaça à paz e à segurança na região.

Segundo o porta-voz da ONU (Organização das Nações Unidas), Stephane Dujarric, o órgão está receoso dos testes norte-coreanos. Diplomatas anunciaram que França e a Estônia iriam tratar sobre o assunto ainda na quarta (14) em uma reunião fechada do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Por que isso importa?

A movimentação militar de Pyongyang aumenta a tensão na região, já que o país tem encarado a Coreia do Sul e as demais nações ocidentais como “inimigas”. O regime comunista afirma que não há “necessidade de se sentar frente a frente com as autoridades sul-coreanas e não há questões a serem discutidas com eles”. Isso inclui a questão nuclear.

Ao lado de EUA e Japão, os sul-coreanos têm pressionado Pyongyang a evitar a proliferação de armas nucleares e cooperar para manter a paz e a estabilidade na península. As negociações pela desnuclearização do país, porém, estão travadas desde 2019.

A Coreia do Norte quer que os EUA e aliados suspendam as sanções econômicas impostas a seu programa de armas. Até agora, o presidente Kim Jong-un recusou as tentativas de aproximação diplomática do líder norte-americano Joe Biden. A Casa Branca, por sua vez, diz que não fará concessões para que Pyongyang volte às negociações.

 

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