
Da
Redação
Ashraf
Ghani, presidente do Afeganistão,
disse nesta segunda-feira (2) que o aumento da violência no país, em meio aos
avanços obtidos pelo Taleban,
deve-se à saída “abrupta” das tropas norte-americanas, cuja retirada será
concluída no dia 11 de setembro. As informações são da agência qatari Al
Jazeera. As informações são do site de notícias internacionais A
Em
pronunciamento ao Parlamento local, Ghani admitiu que enfrenta problemas
para promover
a segurança no Afeganistão, mas prometeu que a situação “estará sob
controle dentro de seis meses”. Ele ainda afirmou que alertou Washington de que
a saída repentina seria problemática, mas foi ignorado.
Após
o discurso do presidente, os legisladores divulgaram uma carta conjunta na qual
afirmam que Ghani tem pleno apoio para a execução de seu plano
de segurança. O texto fala em suporte “firme” aos direitos humanos e das
mulheres e à liberdade de expressão, bem como ao Exército Nacional Afegão, “que
sacrifica suas vidas pela nação”.
Em
resposta, o Taleban divulgou um comunicado à imprensa chamando as declarações
do presidente de “absurdas”. “Ele estava tentando controlar seu estado mental
ruim e seus próprios erros”, diz o texto. “A nação decidiu processar os
traidores nacionais e levá-los à justiça. Declarações de guerra, fazer
acusações e fornecer informações falsas não podem prolongar a vida de Ghani.
Seu tempo acabou, se Deus quiser”.
“Regime
medieval”
A declaração do presidente chega no mesmo momento em que o general aposentado David Petraeus, ex-comandante das tropas dos EUA e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Afeganistão, contesta a evacuação.
Segundo a agência
estatal russa Sputnik,
ele teria dito que a saída das tropas estrangeiras condena o país do Oriente
Médio a uma “guerra civil sangrenta e brutal semelhante à dos anos 1990, quando
o Taleban prevaleceu”.
“O
resto do mundo verá que não estamos apoiando a democracia ou mantendo os
valores que promovemos em todo o mundo – direitos humanos, particularmente os
direitos das mulheres, o direito à educação e a liberdade de expressão e
imprensa – todos muito imperfeitos no Afeganistão, para ser claro, mas muito
melhores do que se o Taleban restabelecesse um regime islâmico medieval”, teria
dito o general.
Recentemente,
o Taleban assumiu o controle
de Kandahar, a segunda maior cidade do país, e de rotas importantes que
passam por ela. Petraeus alerta que o avanço dos jihadistas levaria a um êxodo
maciço de cidadãos, que fugiriam da violência e buscariam abrigo em país
vizinhos como o Paquistão. Além de possibilitar a volta da Al-Qaeda ao
país.
Para
ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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