Da
Redação
Sorridente,
descontraído e medalhista olímpico. Alison dos Santos, grande revelação do
atletismo brasileiro, conquistou a medalha de bronze na final dos 400m com
barreiras em sua estreia nos Jogos, ainda aos 21 anos, em uma jornada histórica
no Japão onde correu, cantou, dançou e recolocou o país num pódio de prova
individual de pista depois de 33 anos.
Nesse
período, o Brasil levou medalhas no salto com vara, no salto em distância, em
provas de revezamento e na maratona. Feito parecido com o de Alison só em 1988,
em Seul, com a prata de Joaquim Cruz nos 800m e o bronze de Robson Caetano nos
200m. O último ouro do país em provas de pista é com o próprio Joaquim, em
1984.
A
medalha de ouro ficou com Jarsten Warholm, da Noruega, batendo o recorde
mundial e fechando em 45s94. A prata foi para o Rai Benjamin, com 46s17, e
Alison fechou o pódio 46s72. Todos fizeram os melhores tempos de suas vidas, e
são os três maiores desempenhos da história da prova a partir de agora.
Alto
nível
Alison,
também conhecido como Pio, fez uma competição muito forte, sem deixar de se
mostrar tranquilo e muito bem-humorado diante das câmeras e microfones. Ele
compartilhou em entrevistas a música que ouvia no aquecimento, arriscou uns
passos ao vivo na televisão e se colocou como uma das figuras mais marcantes da
delegação brasileira em Tóquio.
Na
semifinal, venceu sua bateria fazendo o melhor tempo da vida e estabelecendo um
novo recorde sul-americano, em prova que admitiu ter poupado energia no final
por não ter percebido que vinha fazendo um tempo tão relevante. Tudo isso com
apenas 21 anos, o mais jovem entre os concorrentes ao pódio, todos na casa dos
25.
E
seus principais adversários também vinham muito bem. O norueguês Jarsten
Warholm, que chegou ao Japão como dono do recorde mundial em tempo alcançado há
um mês, confirmou a boa fase chegando na final com a melhor marca. O americano
Rai Benjamin, número 2 do ranking, e o catariano Abderrahman Samba, outro dos
candidatos ao pódio, também corresponderam nos últimos dias. Eles eram os três
na disputa que já tinham corrido abaixo dos 47 segundos, marca buscada por
Alison.
Pio vinha de um sétimo lugar no Mundial de 2019, em Doha, mesmo ano em que foi campeão Pan-Americano. Em 2021, ele venceu uma etapa da Diamond League, em Estocolmo, e terminou outras três no segundo lugar. Agora, tem no currículo uma medalha olímpica como grande tempo de sua vida, acumulando quebras pessoais e sul-americanas. Alison correu em 47s31 na semifinal e depoos, na grande decisão, cumpriu sua meta: pódio com 46s72.
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ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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