A
dívida social é flagrante em qualquer circunstância ou endereço pelo Brasil
adentro. Mas a imagem aqui tem origem e repetidos constrangimentos de caráter
humanitário, em frente ao cemitério Campo das Flores- Centro de Petrolina.
Avenida Januário Alves em cruzamento com a rua Barão do Rio Branco.
Pedintes,
moradores de rua, desempregados incluindo dependentes alcoólicos e químicos.
Com mulheres e crianças expostas pela calçada e no canteiro central.
Essas
mazelas insistentes e incômodas são temas de sociólogos engravatados, políticos
fingidos por necessidade moral, homens de bem e circunspectos parecendo
piedosos. Habitués de cultos e missas falando em vão o nome de Jesus Cristo que
os define como "sepulcros caiados", fariseus da mente cauterizada.
A
responsabilidade social é também extensiva a nós que fazemos o protagonismo
midiático na imprensa. Podemos fazer muito mais, pregando solidariedade e
questionando o status quo que se beneficia do poder político e econômico.
Esses
"párias" pertencem à nossa miscigenação, nosso sangue, nossa
genealogia. São humanos derretendo seus sonhos, ignaros dos seus direitos
pétreos, excluídos por votos favoráveis à gula capitalista e interesses
mercadológicos. Moradores em monturos horrendos.
Petrolina
registra esse paradoxo da riqueza no agronegócio, do poder verticalizado
beneficiando uma malta em razão da sarjeta que depõe sua história recente.
Texto extraído da pagina do instagram de Marcelo Damasceno
Para
ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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