Da Redação
Apontado
pela Polícia Federal como “potencial investigado” no caso da compra dos 300
respiradores junto à empresa Hempcare pelo Consórcio Nordeste, o governador da
Bahia, Rui Costa (PT), foi ouvido por policiais federais e se eximiu de
quaisquer responsabilidades pela fraude ocorrida no contrato. À Hempcare foram
pagos R$ 48 milhões de forma antecipada e o dinheiro foi para o ralo. As informações são do Política Livre .
Ao
ser ouvido pela PF, Rui disse que não fazia parte das atribuições dele como
governador observar detalhes de licitação ou de contratos. “A mim não cabe
checar. Você imagina, no dia de hoje, quantas compras devem ter sido feitas no
estado, milhares”, disse o governador, segundo trecho do depoimento publicado
pela Revista Veja. A publicação ressaltou que essa é a mesma desculpa dada pelo
presidente Jair Bolsonaro sobre negociação suspeita de vacinas.
Por
envolver Rui Costa e outros governadores de estado, o inquérito, corre no
Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob segredo de justiça. Inicialmente
conduzido pela Polícia Civil da Bahia, a investigação apontou a Hempcare como
ponta de uma rede criminosa. Segundo a Revista Veja, a negociação tinha tudo
para dar errado e, vasculhando o contrato, os investigadores detectaram uma
série de irregularidades que serviram para dar celeridade ao trato e acelerar
as negociações.
O
acordo original previa a contratação de um seguro internacional para garantir a
entrega dos respiradores, mas, no decorrer da negociação, a cláusula foi
modificada. O seguro passou a valer apenas a partir do momento em que os
respiradores deixassem a China, de onde seriam teoricamente importados. Como os
equipamentos jamais deixaram o país asiático, os R$ 48 milhões foram perdidos.
Segundo os policiais, foram ultrapassados os “limites da vilania”.
Pelo
WhatsApp
Quando
a Hempcare fez a negociação com o Consórcio Nordeste, a empresa tinha somente
dois funcionários – no portfólio, havia confecção de roupas femininas íntimas e
importação de medicamentos a base de maconha. Segundo a revista, o negócio foi
fechado a toque de caixa, pelo WhatsApp, e previa a distribuição dos 300
respiradores para os nove estados nordestinos. A documentação está com a CPI da
Pandemia que é realizada no Senado Federal. Senadores que defendem investigação
mais ampla, cobram a presença de nomes relacionados ao Consórcio Nordeste na
comissão parlamentar de inquérito.
Para
ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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