CORONAVÍRUS: Com doses de reforço paradas, Argentina pressiona Rússia por atrasos da Sputnik V

 

Chegada do primeiro lote de vacinas Sputnik V à Argentina em dezembro de 2020 (Foto: Casa Rosada/Wikimedia Commons)

Da   Redação

Argentina enfrenta uma “situação crítica” em decorrência da escassez de segundas doses da vacina Sputnik V, reclamou uma alta funcionária aos produtores de imunizantes russos no início deste mês, em um e-mail vazado e obtido pelo jornal argentino La Nación. As informações são do site de notícias A Referência.

O país, que tem população de 45 milhões de pessoas, aguarda por mais de 18,6 milhões de doses: 5,5 milhões para a primeira aplicação e 13,1 milhões de vacinas de reforço. O acordo previa 30 milhões. Foram recebidas menos de 12 milh

Diante da crise sanitária, o governo do país liderado por Alberto Fernández enviou no dia 7 de julho uma carta de advertência sobre a violação de cláusulas contratuais.

O documento, com caráter de urgência, foi remetido ao RDIF (Fundo de Investimento Direto da Rússia, da sigla em inglês), que apoiou financeiramente a Sputnik V, segundo confirmou a conselheira presidencial Cecilia Nicolini ao periódico argentino.

No e-mail endereçado ao RDIF, Nicolini detalha que o país “precisa urgentemente de pelo menos 1 milhão [de segundas doses] para inocular idosos neste fim de semana”, acrescentando que a Rússia forneceu menos do que “o mínimo”.

Em meio a um cenário de descumprimento de acordos de distribuição, a diplomacia da vacina russa vive um período de desconfiança. Em resposta, o RDIF afirma que está a caminho de produzir 1,6 bilhão de doses em 2021 por meio de acordos com 25 fábricas em 14 países.

Pioneirismo travado

A Argentina largou na frente na América do Sul na corrida pela vacinação em dezembro de 2020 ao aprovar o uso emergencial da Sputnik. Fernández inclusive foi um dos primeiros a receber a dose, num ato de demonstração pública de segurança em relação à desconfiança da comunidade científica com o imunizante devido à baixa transparência dos testes.

Além do imunizante russo, as vacinas chinesas também vêm sendo amplamente utilizadas na Argentina.

Temor com a variante

De acordo com a Bloomberg, somente 10% dos argentinos estão totalmente vacinados, lacuna justificada pela escassez de segunda dose de Sputnik V. Em maio, o México também reclamou de atrasos do imunizante russo.

O atraso ocorre no momento em que a Argentina, um dos países latino-americanos mais afetados pela pandemia de coronavírus, é ameaçada pela variante Delta.


Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com

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