A
OMS (Organização Mundial de Saúde) cobra da China maior cooperação com a
nova etapa das investigações sobre a origem da Covid-19. O diretor-geral do
órgão, Tedros Ghebreyesus, pede a Beijing “que seja transparente,
aberta e coopere, especialmente no que diz respeito às informações, dados
brutos que solicitamos nos primeiros dias da pandemia”, de acordo com a
agência Associated
Press (AP). As informações são do site de notícias internacionais A Referência
Em
fevereiro, a OMS encerrou a primeira etapa das investigações e concluiu,
em relatório publicado
um mês depois, que era “extremamente improvável” que a Covid-19 tivesse sido
originada em laboratório. A teoria defendida pelo órgão era de que a doença
havia chegado ao ser humano diretamente da natureza, provavelmente através
de morcegos.
Agora,
Ghebreyesus vai contra o próprio relatório e admite que foi um “impulso
prematuro” descartar a teoria de que o vírus poderia ter escapado de um
laboratório do governo chinês em Wuhan,
cidade onde foram identificados os primeiros casos. “Eu também fui técnico de
laboratório, sou imunologista e trabalhei no laboratório, e acidentes de
laboratório acontecem. É comum”, disse ele.
“Verificar
o que aconteceu, principalmente em nossos laboratórios, é importante, e
precisamos de informações, informações diretas, sobre como estava a situação
desse laboratório antes e no início da pandemia”, afirmou Ghebreyesus, segundo
o site da revista Forbes.
O
diretor da OMS cobra acesso aos dados brutos dos pacientes do início da
pandemia e daqueles imediatamente anteriores, os quais o governo
chinês não forneceu na primeira etapa das investigação. Ele também
pede informações claras sobre o laboratório em Wuhan, num indício de que a
hipótese de vazamento não está totalmente descartada, de acordo com a rede
britânica BBC.
Questão
política
Entre
os cientistas, não são raros os questionamentos à OMS pela forma como tem
conduzido as investigações. A relação turbulenta entre China e EUA é um dos
argumentos, pois dificultaria o trabalho da agência de obter as devidas
respostas. Os críticos ao processo alegam que não se trata de uma questão de
Saúde, e sim de Inteligência.
Alemanha
e Estados Unidos são dois países que voltaram à carga por investigações
aprofundadas. O presidente Joe Biden ordenou, em maio, uma revisão da
Inteligência dos EUA para avaliar a possibilidade de ter havido um vazamento de
laboratório. Jens Spahn, ministro da Saúde alemão, também cobrou a China
“para que possibilite a continuação das investigações sobre as origens da
Covid-19”, segundo a agência Reuters.
Richard
Ebright, biólogo molecular da Universidade Rutgers, nos EUA, chamou a
investigação da OMS de “farsa” e disse que determinar se o vírus veio de
animais ou de um vazamento de laboratório tem dimensões políticas que vão além
da capacidade da OMS, segundo a AP.
“Nunca encontraremos as origens contando com a Organização Mundial da Saúde”, disse, no início de julho, Lawrence Gostin, diretor do Centro Colaborador da OMS sobre Legislação de Saúde Pública e Direitos Humanos da Universidade de Georgetown. “Por um ano e meio eles foram bloqueados pela China, e está muito claro que eles não vão chegar ao fundo disso”.
Para
ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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