Da Redação
BRASÍLIA
(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro negou nesta quinta-feira que tenha
havido corrupção no processo de importação da vacina indiana contra Covid-19
Covaxin, e acrescentou que quem buscou "armar" a história "vai
se dar mal".
O
presidente sustentou que a compra ainda não foi efetivada e que não houve
sobrepreço das doses e aproveitou para questionar a motivação do deputado
federal Luís Miranda (DEM-DF), que ao lado do irmão Luís Ricardo Miranda,
servidor do Ministério da Saúde, denunciou as supostas irregularidades.
"Nós
não gastamos 1 centavo com a Covaxin. Não recebemos uma dose de vacina Covaxin.
Que corrupção é essa?", questionou, na tradicional live semanal pelas
redes sociais às quintas-feiras.
"Determinei
que a Polícia Federal investigue esse caso desse deputado, que tem uma ficha
bastante extensa. Ele fez isso. Isso aconteceu em março. Quatro meses depois
ele resolve falar para desgastar o governo. O que ele quer com isso? Ele andou
de moto comigo em Brasília, esteve aqui conversando comigo... De repente, do
nada, o cara ´vapt´. Vai ser apurado, e com toda certeza quem buscou armar isso
daí vai se dar mal", afirmou.
Bolsonaro
disse ainda que haverá "providências" caso haja qualquer
"roubalheira" em sua gestão.
Mais
cedo, em evento no Rio Grande do Norte, o presidente rechaçou as denúncias,
afirmou que acusações sobre corrupção em seu governo são "mentiras"
para desgastá-lo, e aproveitou para atacar o senador Renan Calheiros (MDB-AL),
relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, que deve
centrar seu foco de apuração no processo de compra do imunizante da Índia a
partir de agora.
Segundo
o deputado federal, ele e seu irmão denunciaram a Bolsonaro irregularidades no
processo de importação do imunizante. Eles alertaram um auxiliar direto da
Presidência, pedindo que ele fosse avisado sobre um "esquema de corrupção
pesado" na compra de vacinas, e chegaram a se encontrar pessoalmente com o
presidente para tratar do assunto.
Os
irmãos devem depor à CPI na sexta-feira e já avisaram que pretendem entregar ao
colegiado toda a documentação que aponta de forma "clara", segundo
eles, as irregularidades no processo.
O
Ministério Público Federal (MPF) também apura o caso. O MPF afirma que o
contrato para a comprada Covaxin para a entrega de 20 milhões de doses
apresenta valor total de 1,6 bilhão de reais, tendo sido a dose negociada por
15 dólares, preço superior ao da negociação de outras vacinas no mercado
internacional, a exemplo da vacina da Pfizer.
Para
ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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