Crianças sírias aguardam do
lado de fora de um posto médico humanitário em Hassakeh, Síria, em abril de
2020 (Foto: Unicef/Delil Souleiman)
Equipes da Unicef (Fundo
para a Infância das Nações Unidas) atendem a crianças desnutridas no campo de
refugiados Mahmoudli, na Síria, em março de 2020 (Foto: UN Photo/Muhammad Wasel)
Por: Prof. Taciano Medrado
As Nações
Unidas angariaram US$ 6,4 bilhões para financiar a
resposta humanitária na Síria durante uma Conferência de
Doadores em Bruxelas, nesta
terça (30). O apelo inicial era de US$ 10 bilhões.. As informações são so site de notícias internacionais A Referência.
Cerca
de US$ 4,4 bilhões devem financiar as operações durante este ano e
US$ 2 bilhões serão investidos em 2022 e nos anos seguintes. Depois da
conferência, o secretário-geral da ONU, António
Guterres, afirmou
que a resposta na Síria, que representa “a maior
operação humanitária do mundo”, precisa do
apoio generoso dos doadores.
Segundo
ele, no ano passado, as Nações Unidas e parceiros prestaram
assistência a cerca de 7,7 milhões de sírios em média por mês. O
número representa um aumento de cerca de 28% em relação a 2019.
Falando à Assembleia
Geral, Guterres afirmou que “não existe haver solução militar para o conflito
na Síria” e a
comunidade internacional deve continuar buscando um acordo político de
acordo com a resolução 2254 do Conselho de Segurança, adotada em 2015.
“A guerra
na Síria não é apenas a guerra
da Síria. Por isso,
acabar com o enorme sofrimento que continua a causar é uma responsabilidade
coletiva”, disse. Antes
da reunião, chefes de três agências
da ONU pediram que os doadores apoiem o apelo
recorde, dez anos após o início do conflito.
Os líderes das agências da ONU para Refugiados, Acnur, para o Desenvolvimento, Pnud, e do Escritório de Coordenação para Assistência Humanitária, Ocha, lembram que com o impacto adicional da pandemia, não existe trégua para os civis.
Os sírios enfrentam ainda
o aumento da fome e da pobreza, deslocamento contínuo e ataques
contínuos. Cerca de 80% dos refugiados sírios estão em países vizinhos. Mas esses mesmos países lidam com os crescentes desafios
socioeconômicos dentro de casa.
Ajuda
Com o novo apelo, espera-se permitir a distribuição de alimentos, água e saneamento, serviços de saúde, educação, vacinação infantil e abrigo para milhões de pessoas.
O dinheiro dos doadores também servirá para gerar oportunidades de emprego ou treinamento, acesso à educação nos sistemas nacionais para milhões de crianças e jovens em países como Jordânia, Líbano, Turquia, Iraque e Egito.
O valor inclui pelo menos US$ 4,2 bilhões para a resposta humanitária dentro da Síria e US$ 5,8 bilhões para refugiados e comunidades anfitriãs na região. Em comunicado, o chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, disse que “as condições de vida em queda, declínio econômico e Covid-19 resultam em mais fome, desnutrição e doenças.”
Segundo ele, o número de pessoas que precisam de ajuda é o maior desde o início da guerra. Lowcock disse ainda que “manter os padrões de vida básicos é um ingrediente essencial para uma paz sustentável”. Já o ato comissário para Refugiados, Filippo Grandi, acredita que “os ganhos conquistados ao longo dos anos estão em risco.” O administrador do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, Achim Steiner, contou que a crise dos últimos 12 meses levou os sírios a um ponto de colapso. “A pobreza e a desigualdade disparam, à medida que centenas de milhares de pessoas perdem seus empregos e meios de subsistência”, disse.
Os países que abrigam refugiados “estão lutando para fornecer serviços básicos como saúde e água”. Na Conferência de Doadores, do ano passado, a comunidade internacional prometeu US$ 5,5 bilhões em financiamento para apoiar as atividades humanitárias na Síria.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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