O presidente do Sindicato dos Professores da Bahia (APLB), Rui Oliveira, reafirmou nesta sexta-feira (23), após o anúncio de retomada das aulas feito pelo prefeito Bruno Reis, que a categoria só vai voltar para o ensino presencial após todos os professores serem vacinados.
Ao Metro1, Oliveira comentou ainda a declaração do prefeito de que os
professores “são os únicos servidores públicos que não estão trabalhando no
momento”. De acordo com ele, a associação pediu retratação de Bruno Reis logo
após a fala. “Pedimos respeito. A fala de Bruno Reis foi muito ruim, que não
diga mais que os professores não estão trabalhando”, diz.
“Se existe uma categoria que está no sufoco são os professores. Esse é
um momento anormal, e dentro da anormalidade é possível fazer essa intervenção
[aulas remotas] que vai salvar a interatividade com os alunos”, afirma. Segundo
o presidente da APLB, essa é uma forma usada para desqualificar o trabalho dos
professores e retomar as aulas presenciais antes da vacinação de toda a
categoria.
Em coletiva no fim desta manhã, o prefeito Bruno Reis divulgou o
calendário de retorno das aulas para Salvador. No dia 3 de maio, de maneira
semipresencial, as aulas recomeçam na capital. Uma semana antes, até o dia 30
de abril, haverá um período de visitação e acolhimento.
Após mais de um ano sem aulas presenciais, o anúncio foi feito logo após
ter sido iniciada a vacinação dos profissionais de educação, que começaram a
ser imunizados na última quarta-feira (21). Até o momento, o grupo vacinado é o
de professores da educação infantil com idade entre 55 e 59 anos.
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