EDUCAÇÃO: Professores da rede privada recusam em assembleia retornar às aulas presenciais - Na rede pública, reunião entre APLB e prefeitura termina sem definição quanto à volta da categoria às salas de aula no dia 03 de maio

Foto divulgação
Da Redação
Por: Prof. Taciano Medrado

Os professores da rede privada de ensino de Salvador decidiram manter as aulas remotas e não retomar as atividades presenciais, marcadas para começar na segunda-feira, 3. A decisão foi tomada em uma assembleia da categoria que durou mais de quatro horas, nesta quarta-feira, 28. Segundo o Sindicato dos Professores do Estado da Bahia (Sinpro-BA), 500 docentes participaram da assembleia, sendo que 98% deles votaram pelo não retorno presencial e pela manutenção das atividades remotas fora do ambiente escolar. As informações são do correio 24 horas .

Na tarde desta quarta-feira, 28, foi realizada também uma reunião entre o prefeito de Salvador, Bruno Reis, com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB). O encontro, que aconteceu na sede da prefeitura, terminou sem um consenso entre o Município e a categoria sobre o retorno das atividades presenciais nas escolas da capital.

De acordo com dados da própria prefeitura cerca de 162 mil alunos estão fora das salas de aula há mais de um ano, por conta da pandemia do Coronavírus.

A gestão municipal argumenta para o retorno presencial a aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 em mais de 20 mil trabalhadores da educação na rede pública do estado e do município. Restariam apenas 1.300 professores que ainda serão imunizados, todos na faixa etária dos 20 aos 39 anos.

A APLB, por sua vez, afirma que apenas uma dose da vacina contra o Coronavírus não garante a imunidade dos docentes e trabalhadores da educação, mantendo a possibilidade de iniciar uma greve geral da educação a partir da próxima quarta-feira (5). A categoria já decidiu por uma paralisação de 72 horas, entre a segunda, dia 3, e a quarta, 5

Somos a única capital que está vacinando quase todos os trabalhadores da educação, mais de 80%. Já concluímos a imunização dos idosos, lideramos todos os rankings de vacinação no país.  Com esse cenário, com mais de 27% da população da cidade imunizada, temos segurança para retornar”, afirmou o prefeito Bruno Reis, em nota

"Precisamos retomar as aulas presenciais. Temos compromisso com nossos alunos, em sua maioria crianças. Se concordarmos com a posição do sindicato, de só voltar às aulas presenciais após a imunização de TODOS os professores, só vamos voltar para a sala de aula no final do ano, e olhe lá! Corremos o risco de comprometer quatro anos letivos. É um prejuízo irreparável para a educação", complementou Marcelo Oliveira, secretário municipal da Educação.

Rui Oliveira, presidente da APLB, por sua vez, afirma que foram três horas de reunião "que não chegaram a lugar nenhum, foi uma confusão. Nós mantemos nossa posição de só retornar após os trabalhadores receberem as duas doses, completando o ciclo de vacinação. É um golpe, não adianta ter 80% dos trabalhadores vacinados apenas com a primeira dose, não garante a imunização", afirmou o presidente

A APLB também afirmou que terá uma reunião online com mais de 10 mil professores de todo o estado, que estariam apoiando a suspensão do retorno das atividades presenciais, assim como garantiram a paralisação das atividades por completo às 10h de segunda-feira (3), como parte de manifestação pela suspensão do decreto que garante o retorno das aulas presenciais. 

 

Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com

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