FAKE NEWS: #Verificamos: É falso que Alexandre de Moraes defendeu ‘atirar à queima-roupa’ em ministros antes de tomar posse no STF


Da Redação
Por: Prof. Taciano Medrado

Circula nas redes sociais um vídeo em que Alexandre de Moraes, atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), lê críticas à atuação do Supremo e usa palavras de baixo calão para descrever os membros da Corte. De acordo com a legenda do texto, o vídeo teria sido publicado antes de Moraes se tornar ministro do STF, indicando que ele estaria reproduzindo suas próprias opiniões. Por meio doprojeto de verificação de notícias​, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa​:

“OLHA O CANALHA ANTES DE SER MINISTRO”

Legenda de vídeo publicado no Facebook que, até o dia 19 de junho, foi compartilhado por 575 pessoas.

A informação analisada pela Lupa é falsa. O vídeo em que Alexandre de Moraes lê críticas ao Supremo Tribunal Federal é verdadeiro, mas foi transmitido no dia 17 de junho de 2020, pela TV Justiça, e corresponde à apresentação feita pelo ministro em plenário que julgava a continuidade do chamado “inquérito das fake news”, ou inquérito 4.781. Na gravação, Moraes, ministro desde fevereiro de 2017, reproduziu comentários publicados nas redes sociais para defender a legalidade do procedimento.

A publicação falsa editou parte do vídeo para dar a impressão de que Moraes apresentava uma opinião pessoal. Contudo, no momento retratado, o ministro lia um comentário feito na internet que dizia: “quanto custa atirar à queima roupa nas costas de cada ministro filho da p* do STF que queira acabar com a prisão em segunda instância?”. Após a leitura, Moraes completou com a pergunta “onde está aqui a liberdade de expressão?”.

Além da TV Justiça, o vídeo original foi reproduzido por diversos veículos de imprensa no mesmo dia 17 (aqui, aqui e aqui). Na ocasião, os ministros julgavam a validade da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 572, publicada pela Rede de Sustentabilidade. 

Na defesa, o partido pedia a anulação do inquérito que apura ameaças feitas à corte, por entender que os ministros não devem escapar à opinião pública e que deveria caber à polícia ou ao Ministério Público a função de instaurar um inquérito deste tipo, não ao STF. O inquérito foi declarado legal por dez votos a um.

Nota:‌ ‌esta‌ ‌reportagem‌ ‌faz‌ ‌parte‌ ‌do‌ ‌‌projeto‌ ‌de‌ ‌verificação‌ ‌de‌ ‌notícias‌‌ ‌no‌ ‌Facebook.‌ ‌Dúvidas‌ sobre‌ ‌o‌ ‌projeto?‌ ‌Entre‌ ‌em‌ ‌contato‌ ‌direto‌ ‌com‌ ‌o‌ ‌‌Facebook‌.

 

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