EUA: Biden apresenta pacote econômico de US$ 1,9 trilhão e propõe dobrar salário mínimo

 

O presidente eleito americano, Joe Biden, apresenta o pacote de estímulo econômico em Wilmington, Delaware, nesta quinta-feira Foto: JIM WATSON / AFP

Da Redação
Por: Prof. Taciano Medrado

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentou na noite desta quinta-feira um pacote econômico de US$ 1,9 trilhão (RS 9,87 trilhões) para combater as crises paralelas na economia e na saúde durante a pandemia de coronavírus. O plano abre os bolsos do Estado, com incentivos agressivos que miram ao mesmo tempo as duas frentes, baseando-se no entendimento de que as respostas na saúde e na economia devem andar juntas

— Um coro crescente de importantes economistas concorda que, neste momento de crise, com as taxas de juros em baixas históricas, não podemos nos permitir a inação — afirmou Biden, em um discurso à noite em Delaware.

— Se investirmos agora, ousadamente, com inteligência e com foco inabalável nos trabalhadores e famílias americanos,  fortaleceremos nossa economia, reduziremos a desigualdade e colocaremos as finanças de longo prazo de nossa nação em um curso mais sustentável

O plano propõe mais do que dobrar o salário mínimo nacional, aumentando-o de US$ 7,25 (R$37,76) por hora para US$ 15 (R$ 78) por hora. Biden já dissera várias vezes que o aumento expressivo do salário mínimo era uma de suas prioridades.

Este será o primeiro grande teste legislativo de Biden, frente a um Senado em que terá maioria mínima  e a uma economia em deterioração. O novo presidente busca amplo apoio bipartidário para o pacote, o que é uma de suas marcas enquanto político.

Os incentivos terão três grandes eixos: reforçar a resposta à pandemia com US$ 400 bilhões, com uma aceleração da vacinação e um grande incremento na capacidade de testagem; fornecer ajuda direta para famílias americanas, para as quais foi reservado cerca de US$ 1 trilhão; e apoiar empresas e comunidades mais afetadas pela crise, que se beneficiarão com cerca de US$ 440 bilhões.

O  pacote é semelhante  ao Cares Act, de US$ 2 trilhões, promulgado por Donald Trump em março do  ano passado. O plano visa oferecer uma resposta à pandemia, à crise econômica, à área da saúde, educação e outras prioridades domésticas

A equipe de Biden preparou o pacote durante semanas. O valor supera mesmo expectativas democratas: o próximo líder da maioria no Senado, o democrata Chuck Schumer, desejava que o estímulo chegasse a US$ 1,3 trilhão. O pacote também é mais do dobro do projeto de lei de US$ 900 bilhões aprovado em dezembro.

Segundo Brian Deese, futuro Diretor do Conselho Econômico, o “presidente eleito entende ser necessário agir agressivamente tanto no resgate quanto na recuperação econômica”.

Após restabelecer-se de parte dos estragos provocados pela primeira onda da pandemia, a recuperação da economia americana foi interrompida, em meio a uma onda de contaminações no inverno e novas restrições a atividades econômicas em cidades e estados

Mais cedo nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho informou que 1,15 milhão de americanos entraram com um novo pedido de seguro desemprego na primeira semana inteira de 2021, um aumento de 25% em relação à semana anterior e o pior número desde março. O número excede em muito os piores dias da recessão de 2007-09

Com informações do G1.


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