Da Redação
Prof.Taciano Medrado
Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública e ex-juiz do
consórcio da "lava jato" de Curitiba, assinou um parecer
favorável ao bilionário israelense Benjamin Steinmetz. O trabalho marca sua
estreia no setor privado. A informação foi publicada no blog Fausto
Macedo, no jornal O Estado de S.Paulo.
Steinmetz já foi investigado por suspeita por corrupção e quer provar
que a mineradora sabia dos riscos do contrato de exploração de uma mina na
Guiné quando fechou um negócio com uma de suas empresas em 2010.
No parecer, Moro sustenta a tese de que a Vale teria ocultado os riscos
envolvidos no negócio. Steinmetz tenta provar que a mineradora deu informações
falsas ao tribunal arbitral em Londres em que a empresa brasileira conseguiu
uma sentença favorável de US$ 2 bilhões contra o israelense.
A Vale comprou de Steinmetz 51% da BSG Resources (BSGR), que possui
licenças de exploração de minério de ferro em uma transação de US$ 2,5 bilhões.
A Vale pagou US$ 500 milhões antecipadamente ao empresário israelense.
Um ano após o negócio, o presidente eleito da Guiné, Alpha Condé,
revisou todas as concessões de exploração de minérios de governos anteriores. A
investigação no país africano encontrou indícios de suborno na concessão das
minas a Steinmetz, em 2008, quando o país era governado por Lansana Conté, um
militar que deu um golpe de estado que durou 24 anos.
Com isso, a Vale buscou reparação na corte arbitral de Londres, que
acolheu os argumentos da mineradora brasileira. Além do parecer de Moro,
Steinmetz contratou o jurista Pedro Serrano. Tanto o parecer de Moro quanto o
de Serrano foram sustentados em informações públicas sobre o negócio,
documentos, o testemunho de Steinmetz e informações levantadas pela empresa
israelense de investigação Black Cube.
Para ler outras matérias acesse, www:
professortacianomedrado.com
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