Ex-ministro da Educação Abraham
Weintraub reeleito
para o Banco Mundial - foto: internet
Da redação
Prof. Taciano Medrado
Prof. Taciano Medrado
O
ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foi
reeleito diretor-executivo do conselho do Banco Mundial. A
informação foi divulgada pela própria instituição. O mandato de dois anos
começa no domingo (1º).
Weintraub já ocupava a
diretoria-executiva do banco como substituto, em uma espécie de
"mandato-tampão" que termina neste sábado (31).
Segundo o Banco Mundial, o
ex-ministro foi eleito como representante de Brasil, Colômbia, República
Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago.
"Diretores Executivos
não são funcionários do Banco Mundial. Eles são nomeados ou eleitos pelos
representantes dos nossos acionistas", informou a instituição financeira
em comunicado.
Weintraub deixou o
MEC em junho, em meio a uma
série de polêmicas. Alvo de dois inquéritos – um que apura declarações
racistas contra chineses e outro sobre ameaças a
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Weintraub foi indicado pelo governo Bolsonaro para uma vaga
fora do país.
Em
junho, quando a indicação veio a público, a associação de funcionários do Banco
Mundial chegou a emitir uma carta aberta ao
comitê de ética da instituição pedindo que a nomeação fosse
suspensa.
A preocupação, segundo o
documento, era relacionada tanto às declarações ofensivas de Weintraub quanto
às medidas tomadas por ele à frente do Ministério da Educação – por exemplo, a revogação das cotas para
minorias em cursos de pós-graduação.
Além
da indicação para o banco, a própria viagem de Weintraub aos Estados Unidos
causou polêmica – e ainda é alvo de investigação.
Isso porque, apesar de ter anunciado a saída do governo em 18 de junho,
Weintraub só foi exonerado oficialmente no dia 20, quando já estava fora do Brasil. O ministro teria
aproveitado o passaporte diplomático para driblar a quarentena para cidadãos
comuns na chegada aos Estados Unidos, em meio à pandemia da Covid-19.
O caso foi arquivado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) porque a relatora, ministra Ana Arraes, disse
não ver indícios de que a viagem tenha impactado os cofres públicos. Os
questionamentos sobre a regularidade do uso do passaporte diplomático foram
enviados pelo tribunal ao Ministério Público Federal.
Fonte: G1
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