ELEIÇÃO PRESIDENCIAL AMERICANA 2020: REPUBLICANOS REDUZEM DISTÂNCIA PARA DEMOCRATAS NA VOTAÇÃO ANTECIPADA NOS EUA

 

Os candidatos republicano e democrata, Donald Trump e Joe Biden, fazem comícios a poucos dias da eleição presidencial americana — Foto: Jonathan Ernst/Reuters e Brian Snyder/Reuters


Da redação
Prof. Taciano Medrado

A quatro dias da eleição presidencial nos Estados Unidos, eleitores republicanos estão diminuindo a diferença para os democratas na votação antecipada.

Mais de 82 milhões de americanos já votaram presencialmente ou pelo correio até esta sexta-feira (30), apontam números do "Projeto Eleições", da Universidade da Flórida. O número já representa 59,5% de todos os votos de 2016.

Nos 19 estados que coletam a filiação partidária dos eleitores, 47% eram democratas e 30%, republicanos. Na terça (27), os democratas eram 49% e os republicanos, 28.
A diferença também está caindo em quatro "estados decisivos", que concentram mais de 12 milhões dos votos antecipados: Florida, Carolina do Norte, Nevada e Iowa.

Flórida

Os candidatos republicano e democrata, Donald Trump e Joe Biden, fizeram comícios na quinta-feira (29) no mais importante dos "estados decisivos": a Flórida. O estado tem 29 votos no Colégio Eleitoral e foi vital para a vitória de Trump em 2016 (veja mais abaixo).

Neste ano as pesquisas eleitorais mostram Biden com uma expressiva vantagem no país, mas tecnicamente empatado na Flórida (49% contra 47%).

Quase 7,4 milhões já votaram no estado até o momento. Desses, 3 milhões eram democratas (40,5%) e 2,8 milhões, republicanos (37,7%) — mas a diferença caiu de nove pontos percentuais há uma semana para menos de três hoje.

A votação antecipada tem sido expressiva no estado: mais de 52% dos eleitores registrados no estado já votaram, e o número já representa 77% do total da eleição de 2016.


Eleitores diferentes

Na Flórida, a campanha de Trump tenta capturar o voto do eleitorado latino, principalmente de descendentes de cubanos e venezuelanos. O republicano tem um discurso contundente contra o regime de Cuba e, mais ainda, da Venezuela.

A de Biden tenta recuperar o eleitorado idoso com críticas à condução do atual presidente na pandemia, por ter minimizado o risco do novo coronavírus. O estado é um dos mais afetados pela Covid, e o democrata tem aprovação maior no eleitorado mais velho.

A pandemia alterou não só a vida dos americanos, mas também a eleição. Muitos estados mudaram as regras de votação, permitindo que milhões votassem pelo correio pela primeira vez.


Outros estados decisivo

Os democratas também levam vantagem na Carolina do Norte (1,5 milhão contra 1,2 milhão), mas a diferença caiu de 12 pontos percentuais na semana passada para menos de oito atualmente..

A grande maioria dos eleitores que já votaram são brancos: 66%, contra 20% de negros e 2% de hispânicos.

O número de votos antecipados no estado já equivale a 81% de toda a votação de 2016, quando Trump venceu Hillary por três pontos percentuais.

Em Iowa, onde o presidente americano venceu por nove pontos percentuais na última eleição, os democratas são 49% dos eleitores que votaram antecipado e os republicanos, 32%. Mas a diferença caiu quatro pontos na última semana, segundo a CNN.

Em Nevada, Trump perdeu para Hillary por dois pontos percentuais e os democratas lideram os votos presenciais neste ano (40% a 36%). Mas a distância era de 12 pontos há uma semana.

Colégio Eleitoral

A eleição nos EUA tem "estados decisivos" por causa do seu sistema eleitoral, que não define o vencedor pela maioria de votos, mas pelo Colégio Eleitoral.

Nesse sistema, cada estado tem um número de delegados e a votação estadual funciona no sistema "o vencedor leva tudo": o candidato que ganha, independentemente da vantagem, leva os votos de todos os delegados do estado.

O Colégio Eleitoral tem 538 delegados divididos pelos 50 estados e o distrito de Columbia (onde fica a capital, Washington). O pequeno Vermont, por exemplo, tem apenas três delegados, enquanto a Califórnia, o estado mais populoso, tem 55.

Assim, o candidato precisa de uma estratégia para vencer de estado em estado até chegar ao mínimo de 270 dos 538 votos do Colégio Eleitoral e eleger-se presidente. Foi o que aconteceu em 2016: Trump teve menos votos do que Hillary, mas conquistou 276 delegados e venceu a eleição.

 

Com informações do G1

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