Os candidatos republicano e democrata, Donald
Trump e Joe Biden, fazem comícios a poucos dias da eleição presidencial
americana — Foto: Jonathan Ernst/Reuters e Brian Snyder/Reuters
Da redação
Prof. Taciano Medrado
Eleitores diferentes
Na Flórida, a campanha de Trump tenta capturar o voto do eleitorado latino, principalmente de descendentes de cubanos e venezuelanos. O republicano tem um discurso contundente contra o regime de Cuba e, mais ainda, da Venezuela.
A de Biden tenta recuperar o eleitorado idoso com críticas à condução do atual presidente na pandemia, por ter minimizado o risco do novo coronavírus. O estado é um dos mais afetados pela Covid, e o democrata tem aprovação maior no eleitorado mais velho.
A pandemia alterou não só a vida dos americanos, mas também a eleição. Muitos estados mudaram as regras de votação, permitindo que milhões votassem pelo correio pela primeira vez.
Outros estados decisivo
Os democratas também levam vantagem na Carolina do Norte (1,5 milhão contra 1,2
milhão), mas a diferença caiu de 12 pontos percentuais na semana passada para
menos de oito atualmente..
A grande maioria dos eleitores que já votaram são brancos: 66%, contra 20% de negros e 2% de hispânicos.
O número de votos antecipados no estado já equivale a 81% de toda a votação de 2016, quando Trump venceu Hillary por três pontos percentuais.
Em Iowa, onde o presidente americano venceu por nove pontos percentuais na última eleição, os democratas são 49% dos eleitores que votaram antecipado e os republicanos, 32%. Mas a diferença caiu quatro pontos na última semana, segundo a CNN.
Em Nevada, Trump perdeu para Hillary por dois pontos percentuais e os democratas lideram os votos presenciais neste ano (40% a 36%). Mas a distância era de 12 pontos há uma semana.
Colégio Eleitoral
A eleição nos EUA tem "estados decisivos" por causa do seu sistema eleitoral, que não define o vencedor pela maioria de votos, mas pelo Colégio Eleitoral.
Nesse sistema, cada estado tem um número de delegados e a votação estadual funciona no sistema "o vencedor leva tudo": o candidato que ganha, independentemente da vantagem, leva os votos de todos os delegados do estado.
O Colégio Eleitoral tem 538 delegados divididos pelos 50 estados e o distrito de Columbia (onde fica a capital, Washington). O pequeno Vermont, por exemplo, tem apenas três delegados, enquanto a Califórnia, o estado mais populoso, tem 55.
Assim, o candidato precisa de uma estratégia para vencer de estado em estado até chegar ao mínimo de 270 dos 538 votos do Colégio Eleitoral e eleger-se presidente. Foi o que aconteceu em 2016: Trump teve menos votos do que Hillary, mas conquistou 276 delegados e venceu a eleição.
Com informações do G1
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