Angela Merkel, chanceler da Alemanha, ajusta
máscara após conferência em Berlim nesta quarta-feira (28) — Foto: Fabrizio
Bensch/Pool/Reuters
Presidente francês, Emmanuel Macron, em
pronunciamento transmitido pela televisão nesta quarta-feira (28) — Foto:
Christian Hartmann/Reuters
Da redação
Prof. Taciano Medrado
Prof. Taciano Medrado
Os
governos da Alemanha e da França anunciaram
nesta quarta-feira (28) um lockdown
parcial para conter a segunda onda do novo
coronavírus nos dois países.
As novas medidas ocorrem
em uma semana de forte alta nos casos de Covid-19 na Europa, com mais
diagnósticos do que a onda mortal vista no primeiro semestre. O intuito é evitar
colapso de hospitais, como ocorrido meses atrás, no começo da pandemia.
Em comum, as novas
diretrizes anunciadas incluem o fechamento de bares e
restaurantes. Apenas escolas podem abrir.
O
governo alemão determinou o fechamento
de bares, restaurantes e outros estabelecimentos a
partir de segunda-feira (2). Comércios e
escolas abrirão, mas as autoridades reforçaram as
recomendações para que as pessoas permaneçam em casa. Além disso, os encontros
sociais ficam limitados a até 10 pessoas de famílias
diferentes.
Em reunião com autoridades
locais, a chanceler alemã, Angela Merkel,
afirmou que os números da Covid-19 aumentaram rápido demais no país e que o
nível dos contágios fugiu de controle.
A decisão foi tomada depois que autoridades de saúde alemãs registraram
quase 15 mil novos casos em 24 horas — o maior número de diagnósticos diários
no país desde o início da pandemia. São mais de 449 mil casos de Covid-19 desde
o começo da crise sanitária na Alemanha.
Segundo o governo alemão, os hospitais do país ainda têm capacidade de
lidar, em número de leitos, com os infectados pela doença. Porém, há o temor de
que a ocupação hospitalar se torne um problema nas próximas semanas.
O
presidente francês, Emmanuel
Macron, anunciou a retomada de medidas como o fechamento
de bares, restaurantes e comércios e a volta da exigência
de que as pessoas que circulem nas ruas apresentem justificativas.
As escolas até o ensino médio permanecem abertas, mas deverão seguir protocolos
que ainda não foram divulgados.
Além disso, o governo
determinou que o país foque totalmente em obras públicas e na produção
industrial para evitar um tombo ainda maior na economia. As autoridades, no
entanto, pedem que as empresas favoreçam o trabalho de dentro de casa.
O comércio, segundo o
presidente, poderá reabrir em 15 dias caso as autoridades avaliem que as
primeiras semanas do lockdown deram bons resultados.
Em pronunciamento na televisão, Macron avaliou que o impacto da segunda
onda da Covid-19 será pior do que o primeiro pico da doença no país, entre
março e abril
"A segunda onda será sem dúvidas mais dura e mortal do que a
primeira", disse Macron.
De acordo com as autoridades de saúde francesas, entre 40 mil e 50 mil
novas infecções têm sido identificadas todos os dias.
Fonte: G1
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