Da Redação
Prof. Taciano Medrado
O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais
(Iepha-MG) anunciou a conclusão do processo licitatório para contratação
de empresa especializada para a recuperação do Vapor Benjamim Guimarães, único
desse modelo no mundo e que está atracado no porto de Pirapora, no Norte de
Minas.
A empresa vencedora — INC Indústria Naval Catarinense — foi conhecida em
30 de setembro, dia em que o Iepha-MG completou 49 anos. O investimento na
recuperação do Benjamim Guimarães é de R$ 3 ,7 milhões, dos quais R$ 74 mil
devem ser aportados pelo instituto. A execução da obra está prevista para
ocorrer no prazo de seis a oito meses
A restauração incluirá a recuperação e substituição do casco e das
estruturas em madeira (pisos, divisórias, esquadrias e escadas), além do
mobiliário. Também serão feitas novas instalações elétricas, hidrossanitárias e
de prevenção e combate a incêndio. O sistema de governo, telégrafo e das
máquinas alternativas de propulsão também serão recuperados.
“A restauração do vapor é um marco para o turismo e a cultura não só da
região, mas de Minas e do Brasil. A história da embarcação é relacionada com o
processo de implantação da navegação comercial no rio São Francisco entre a
segunda metade do século XIX e meados do século XX”, afirma o secretário de
Estado da Cultua e Turismo, Leônidas Oliveira
O contrato para recuperação foi assinado em dezembro do ano passado com
o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A embarcação,
construída em 1913 pelo estaleiro norte-americano James Rees e Sons, estava
parada nos últimos seis anos, quando foram identificados problemas estruturais
que comprometiam a segurança dos usuários
O Vapor Benjamin Guimarães já navegou no rio Mississipi (EUA) e,
posteriormente, em rios da bacia Amazônica. No rio São Francisco, navegou até
2014 e, por várias décadas, foi usado para levar cargas e passageiros no trecho
Pirapora (MG) a Juazeiro (BA), servindo até no transporte de tropas do Exército
Brasileiro durante a II Guerra Mundial (1939-1945)
Com capacidade para transportar até 140 pessoas, entre tripulantes e
passageiros, o vapor tem três pisos: no primeiro, estão a casa de máquinas,
caldeira, banheiros e uma área para abrigar passageiros; no segundo, se
encontram 12 camarotes; e, no terceiro, há um bar e área coberta. O barco foi
tombado pelo patrimônio estadual estadual em 1985.
Com informações do “O Tempo”- Mg
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