Voluntário recebe injeção durante fase de
testes de potencial vacina contra a Covid-19 em Seattle, nos EUA, em foto de 16
de março — Foto: AP Photo/Ted S. Warren
Da: Redação
Prof.
Taciano Medrado
Prezado(a)s
Leitore(a)s,
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou
oficialmente nesta terça-feira, 21, o início dos testes com a vacina chinesa
contra o coronavírus. A primeiro pessoa a receber a vacina, chamada Coronavac,
foi uma médica do Hospital das Clínicas (HC) que não teve a identidade
revelada. Ao todo, nove mil voluntários vão receber a vacina em 11 centros de
pesquisa. O governo estima que o estudo deverá ser concluído até setembro. Se
os testes forem bem-sucedidos, a vacina pode começar a ser produzida no início
de 2021.
"É um dia histórico, dia 21 de julho. É um dia de orgulho
para São Paulo e para o Brasil. Nós acabamos de presenciar a aplicação da
primeira dose de vacina", anunciou o governador João Doria (PSDB) no
início da entrevista coletiva na manhã desta terça-feira em São Paulo. A
primeira dose está sendo aplicada nos 890 funcionários do HC nesta terça-feira.
Daqui a 14 dias, a segunda dose será aplicada e, durante esse período, os
voluntários serão acompanhados por médicos. Esper Kallas, médico do
departamento de moléstias infecciosas e parasitárias da Faculdade de Medicina
da USP e coordenador do Centro de Pesquisas Clínicas do Instituto Central do
Hospital das Clínicas FMUSP, explica esta é a terceira fase de testes desta
vacina, mas a primeira no Brasil. "Ao longo da semana, vamos continuar
vacinando os voluntários", disse
Os testes fazem parte de uma parceria com o Instituto Butantã.
Inicialmente, o governo estadual havia anunciado que os testes começariam já
nesta segunda-feira, 20, mas houve atraso para liberação das doses no
aeroporto. As vacinas chegaram da China, em voo da Lufthansa, com escala em
Frankfurt (Alemanha).
De acordo com o governo estadual, o Instituto Butantã está
adaptando uma fábrica para a produção da vacina. A capacidade de produção é de
até 100 milhões de doses. O acordo com o laboratório chinês prevê que, se a
vacina for efetiva, o Brasil receberá ainda 60 milhões de doses fabricada na
China para distribuição.
Fonte : G1
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