OPINIÃO: VAMOS COLOCAR OS “PINGOS NOS IS”?


Por: ERRY JUSTO
Jornalista


Há mais de um mês vários amigos comerciantes me procuraram para saber qual era o meu posicionamento perante o fechamento do comércio de juazeiro, que na época já passava de dois meses. Eu simplesmente disse que a Prefeitura de Juazeiro “não produz riquezas” e que com o comércio fechado por muito tempo, a mesma vai ter serias dificuldades, por exemplo, para honrar sua inchada folha de pagamento. Daí nós nos organizamos juntamente com alguns poucos comerciantes e resolvemos fazer uma manifestação em frente a PMJ, onde várias lideranças estavam juntas e firmes para clamara pela reabertura do comércio juazeirense.


Depois dessa manifestação, o Prefeito de forma sábia resolveu por em prática então o seu processo de reabertura gradual do comércio. Realmente eu aprovei suas condições – o que eu achei razoáveis – mantendo o distanciamento, a higienização das mãos com álcool em gel, aferição da temperatura e outras recomendações. Parecia que tudo estava transcorrendo de forma normal, pacífica e de boa satisfazendo comerciantes e a população.


Só que infelizmente os nossos munícipes juazeirenses não souberam aproveitar de forma sábia e consensual essa reabertura. Houve sim abusos e pessoas que “nada tinha que fazer na rua”, sem máscaras de proteção, se aglomerando em filas, dentro das lojas, enfim, sem respeitar o bom senso dessa chance que aparecia. O resultado? Aumento do índice de infectados. Parece que não adiantou o esforço meu e de várias lideranças do comércio juazeirense “botar a cara” para conseguirmos algo que fosse a favor do bem comum. 


Faltou orientação para a população e esta “na meia culpa” infelizmente acabou sendo penalizada mais uma vez.


Vale à pena ressaltar que a AJUDA EMERGENCIAL do Governo Federal já está dando sinais de que também vai acabar. Como as famílias juazeirenses vão se sustentar? Sem comércio aberto é ficar sem emprego! Será que vamos a partir de agora ficarmos reféns de “ajudas insuficientes do Governo municipal”? Será que a população vai ter a coragem de mover uma possível ação coletiva contra a PMJ por danos e prejuízos sofridos? Detalhe: esse ano é ano de Eleições e nesse ínterim não faltará promessas mirabolantes, compra de votos com cestas básicas e outras ajudas do tipo, no afã de explorar a miséria popular!


No excesso de severidade nas medidas adotadas faltou-se o bom senso, infelizmente.




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