Foto reprodução Bahia se fronteiras
Por Fabiano Bastos
No último sábado (4), foi finalizado o prazo de filiação
partidária com vistas a eleição 2020, marcada para 4 de outubro. De acordo com
a lei eleitoral (Lei n° 9.504/1997), o cidadão brasileiro que pretenda ser
candidato ao cargo eletivo, precisa filiar-se a um partido político seis meses
antes do pleito.
Mesmo com todo o caos, por conta da pandemia do Covid-19, a
política não parou. Os conchavos e articulações dos candidatos à vereança
seguiram a todo vapor. Ao todo 18 vereadores de Salvador trocaram de partido
com vistas a disputa de outubro. Nos bastidores os grupos políticos e partidos
trabalharam em regime de plantão. Seja do lado do prefeito ACM Neto (DEM), que
tem como pré-candidato, Bruno Reis, seja do lado do governador Rui Costa (PT)
que segue sem nome definido.
Bruno Reis como é de conhecimento do mundo político baiano,
sempre foi em conjunto com ACM Neto o grande estrategista e montador de
partido. Não seria diferente este ano, quando ele próprio será o grande
protagonista. Arregaçou as mangas e capitaneou a tarefa de ajudar a montar o
seu próprio partido, o DEM, como também as demais 14 agremiações políticas que
irão apoiar o seu projeto de eleição. Além de cumprir suas tarefas regulares de
vice-prefeito e secretário de infraestrutura do município.
Do lado da oposição, na base do governador petista, várias
são as pré-candidaturas colocadas até o momento. Major Denice, pelo próprio PT,
Bacelar pelo Podemos, Pastor Isidorio pelo Avante, Lidice Da Mata pelo PSB,
Eleusa Coronel pelo PSD, Olivia Santana PC do B. As referidas siglas também
participaram da guerra pela captação de filiados e futuros pré-candidatos a
vereador. Foi um verdadeiro “tomá-la-da-ca”, inclusive pelos vereadores de
mandato que se utilizaram da janela eleitoral (a desfiliação partidária foi
regulamentada pela Reforma Eleitoral de 2015 (Lei nº 13.165/2015), durante os
30 dias antes do prazo final de filiação.
Os vereadores são os verdadeiros garimpeiros do voto na
eleição. São eles que dão capilaridade à campanha majoritária e permitem a
exposição do seu próprio nome e do candidato a prefeito nos quatro cantos da
cidade. Resta sabermos quem conseguiu maior quantidade e os melhores quadros de
candidatos para a disputa de outubro próximo.
Fica agora o desafio dos partidos e consequentemente os grupos políticos à que eles estejam ligados nesta eleição, que é o de efetivar estes postulantes a vereador em candidatos de fato, prazo este que se estende até 14 de agosto, data limite de acordo com a lei eleitoral. Até lá muita água passará por debaixo da ponte, muitos serão cooptados e desistirão da candidatura para apoiar alguém que esteja melhor posicionado e estruturado. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos!
*Fabiano Bastos – Consultor de MKT Político, com experiência de 08 campanhas eleitorais.
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