Foto reprodução internet/Google
Da Redação
Prof. Taciano Medrado
O procurador da República em São Paulo Ronaldo
Ruffo denunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder do
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, pela invasão do
tríplex no Guarujá, em abril de 2018, em protesto contra a prisão do petista
para cumprimento da sentença imposta, à época, pelo Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, por supostas propinas de R$ 2,2 milhões da OAS - equivalentes às
reformas e suposta aquisição do imóvel.
Eles são acusados por
violar o artigo 346 do Código Penal: "Tirar, suprimir, destruir ou
danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação
judicial ou convenção".
Além da ocupação,
havia ainda um grupo de 70 apoiadores em frente ao tríplex, com faixas
dizendo "Se
é do Lula, é nosso", "Se não é, por que prendeu?" e "Povo
sem Medo". "É uma denúncia da farsa judicial que levou Lula a prisão.
Se o tríplex é dele, então o povo está autorizado a ficar lá. Se não é,
precisam explicar porque ele está preso", disse Boulos, no dia 16 de abril, nas
redes sociais. Lula havia sido preso no dia 7 daquele mês. O ex-presidente
chegou a prestar depoimento em investigação sobre a ocupação do imóvel, que já
estava bloqueado, por ordem Judicial, a título de reparação dos cofres
públicos. Lula negou incitar a invasão. Boulos disse à Polícia Federal que se
tratou de uma "ação
legítima".
A Polícia Federal
intimou Boulos a prestar depoimento sobre o ocorrido. "Isso era
conhecimento público e da própria delegada que eu não estive presente na ação
embora considere a ação legítima e me orgulhe, porque é uma ação que ajudou a
denunciar uma farsa judicial que levou o ex-presidente Lula injustamente à
cadeia como preso político."
"Não achamos que
isso deve ser tratado num inquérito criminal. Isso deve ser tratado no ambiente
político", afirmou. Após saber da denúncia, Guilherme Boulos afirmou, em
suas redes sociais: "Acabei
de ser informado que o MPF denunciou a mim, a Lula e a 3 militantes do MTST
pela ocupação do tríplex do Guarujá, sugerindo pena de prisão de até 2 anos. É
a nova farsa do tríplex. Que fique claro: a criminalização das lutas não vai
nos intimidar nem nos calar!". Após ser bloqueado, o tríplex foi
arrematado, em leilão judicial, pelo valor mínimo, de R$ 2,2 milhões.
Em seus perfis das redes sociais, o coordenador do MTST,
Guilherme Boulos, classificou a denúncia como "a nova farsa do tríplex".
"Que fique claro: a criminalização das lutas não vai nos intimidar nem nos
calar!", completou o psolista.
Fonte: Terra.com
Aviso: Os comentários são de
responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor
Taciano Medrado. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou
direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios
podem ser removidos sem prévia notificação.
Postar um comentário