EXTRA! EXTRA! POVO CATÓLICO!!! - NOVO DOCUMENTO DO VATICANO BATE FORTE NA IDEOLOGIA DE GÊNERO


Foto: Internet/Google


A Congregação para a Educação Católica lançou hoje um documento chamado “Homem e Mulher os criou”, que traça uma abordagem para as questões de gênero nas instituições católicas de ensino. Também dá algumas diretrizes para a atuação de educadores católicos, mesmo fora de instituições confessionais.

Segundo o Cardeal Giuseppe Versaldi, prefeito da congregação, o documento procura diferenciar a ideologia de gênero que, segundo o Papa Francisco pretende “impor-se como um pensamento único que determine a educação infantil”, dos estudos de gênero, que aprofundam adequadamente as diferenças entre homens e mulheres nas diversas culturas. Essa diferença precisa ser estabelecida para que se possa abrir um justo diálogo com as áreas de estudo, deixando de lado a imposição ideológica.

Partindo disso, o cardeal afirma que “o documento traça a história, concentra-se em pontos de encontro razoáveis e propõe a visão antropológica cristã” como via para a educação.

O documento é dividido em 3 partes principais: OUVIR , ANALISAR  e PROPOR .  Abaixo, um breve resumo de cada uma.

OUVIR 

Breve história 8. A primeira atitude que se deseja colocar em diálogo é o escutar. Trata-se, antes de mais, de escutar e compreender o que tem acontecido nos últimos decénios. O advento do século XX – com as suas visões antropológicas – traz consigo as primeiras conceções de gender, por um lado assente numa leitura puramente sociológica da diferenciação sexual e por outro sob a influência da liberdade individual. Nasce, na realidade, na metade do século, uma linha de estudos que insistiram em acentuar o condicionamento externo como fator mas também na sua influência sobre a determinação da personalidade. Aplicados à sexualidade tais estudos quiseram demonstrar como a identidade sexual derivava mais de uma construção social do que de um dado natural ou biológico.

ANALISAR

Argumentos racionais .  O estudo do perfil histórico, dos pontos de encontro e da crítica na questão do gender conduz na direção de considerações à luz da razão. Existem, de facto, argumentos racionais que clarificam a centralidade do corpo como elemento integrante da identidade pessoal e das relações familiares. O corpo é subjetividade que comunica a identidade do ser.23 À luz disto compreende-se o dado das ciências biológicas e médicas, segundo o qual o “dimorfismo sexual” (ou a diferença sexual entre homem e mulher) é comprovado pela ciência, entre as quais, por exemplo, a genética, a endocrinologia e a neurologia. 

Do ponto de vista genético, as células do homem (que contêm os cromossomas XY) são diferentes daquelas da mulher (a que equivalem os cromossomas XX) desde a conceção. De resto, no caso da indeterminação sexual é a medicina que intervém para uma terapia. Nestas situações específicas, não são os pais nem tão pouco a sociedade que podem fazer uma escolha arbitrária, mas é a ciência médica que intervém com finalidade terapêutica, ou seja operando de modo menos invasivo na base de parâmetros objetivos de modo a explicitar a identidade constitutiva

PROPOR    

Feita a identificação dos problemas relacionados à “ideologia de gênero”, o documento propõe que a educação católica retome a Antropologia Cristã como base para a estruturação do percurso educativo.

(...) sem uma clarificação convincente da antropologia sobre a qual se funda o significado da sexualidade e da afetividade não é possível estruturar de modo correto um percurso educativo coerente com a natureza do homem como pessoa, com o fim de orientá-lo para a plenitude da sua identidade sexual no contexto da vocação ao dom de si. E o primeiro passo desta clarificação antropológica consiste no reconhecimento que « também o homem possui uma natureza, que deve respeitar e não pode manipular como lhe apetece ». (...)”.

O documento coloca a família como “o lugar natural no qual a comunhão entre homens e mulheres encontra plena atuação” (36) e, portanto, deve ser o grande ponto de referência para a educação.

É pedido que as escolas católicas, atuando com as famílias, tornem-se verdadeiras comunidades educativas. Aos educadores católicos, o documento pede que mesmo atuando em escolas não católicas, devem dar “testemunho da verdade sobre a pessoa humana e estar a serviço da sua promoção” .

O documento finaliza reconhecendo a existência de um grande desafio: o de acolher respeitosamente as diferentes inclinações existentes hoje em dia, abrindo um diálogo franco e sincero, mas propondo a única via que de fato responde às verdadeiras exigências humanas.

A proposta cristã supera qualquer tentativa ideológica de responder ao homem. Aos educadores católicos, pede-se caridade e testemunho.

Para além de qualquer reducionismo ideológico ou relativismo homologante, as educadoras e os educadores católicos – na correspondência à identidade recebida da inspiração evangélica – são chamados a transformar positivamente os desafios atuais em oportunidades, percorrendo os caminhos do acolhimento, da razão e da proposta cristã, e também testemunhando com as modalidades da própria presença a coerência entre as palavras e a vida.”

O documento é lúcido e riquíssimo! Se você trabalha com educação ou se interessa pelo tema, leia o texto completo em português clicando aqui.

Fonte: O Catequista

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