Foto: Internet
O Palácio do Planalto já
tem escolhido o ocupante de um dos cargos federais mais disputados no Nordeste:
a presidência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e
Parnaíba (Codevasf). Será o general de brigada Pedro Antonio Fioravante Silvestre
Neto, que tem uma longa folha de serviços na região, como peça importante no
Comando do Exército no Nordeste.
A indicação
de Pedro Fioravante já está seguindo o trâmite de análise interna até ser
formalizada. A escolha foi feita pelo Palácio do Planalto, que enviou a
indicação para análise dentro da Codevasf, conforme determina a Lei das
Estatais. Atualmente, a análise está no chamado Comitê de Elegibilidade, que
avalia a adequação do nome – incluindo aspectos técnicos e éticos – à função.
Não deve haver
nenhum senão na confirmação da indicação, salvo o desconforto político – já que
o cargo era disputado por diversos setores partidários.
O general Pedro
Fioravante foi assessor direto do Comando do Exército no Nordeste e, desde
abril de 2018, responde pela coordenação da Operação Carro-Pipa. Nesse trabalho
comanda cerca de 900 militares com presença em 500 municípios e atendimento a
uma população de 1,7 milhão de pessoas.
O general
Fioravante, portanto, conhece o drama do abastecimento d’água no Nordeste, que
também vem a ser uma das principais funções da Codevasf. Ele também conhece o
Piauí, onde esteve algumas vezes. Em 2015, por exemplo, visitou a cidade de
Corrente, quando se encontrou com o então prefeito Jesualdo Cavalcante. Além
disso, a experiência do general inclui o posto de Adido Militar em Moscou e
chefia do comando de defesa da Floresta, no Pará.
Sem dar bolas para os políticos
A expectativa
no Palácio do Planalto é que a indicação do general Pedro Fioravante para a
Codevasf seja confirmada na próxima semana: na terça-feira, dia 2/07, acontece
a reunião do Conselho da Codevasf e espera-se que a escolha do novo presidente
esteja na pauta da reunião. A chegada de Fioravante à companhia reafirma a
orientação do governo Bolsonaro, que não tem se submetido às reivindicações dos
partidos.
Na prática, é
mais uma indicação que não dá nem bolas para os políticos. Ao mesmo em que
reafirma uma promessa de campanha, cria embaraços com segmentos do Congresso.
Essa indiferença pode ter algum tipo de reação entre parlamentares, o que é
especialmente delicado em um momento crucial para o governo: neste início de
julho também entra em discussão no Plenário da Câmara a proposta de reforma da
Previdência.
(Fonte: Fenelon Rocha/TV
Cidade Verde)
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